Colômbia: em três meses, 62 líderes populares foram alvos de violência

Movimento pela Paz reunido na capital colombiana (divulgação)

Vítima de um enfrentamento social que ainda não arrefece na Colômbia, foi morto Flover Sapuyes Gaviria, integrante do movimento político Marcha Patriótica, pelas mãos de um assassino a soldo. O crime aconteceu no  município de  Balboa, departamento de Cauca, quando o líder social foi interceptado por um desconhecido  em uma moto que atingiu Gaviria com cinco disparos.

A organização exigiu ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que garanta a segurança das comunidades rurais.

As eleições legislativas e presidenciais que ocorrerão, respectivamente, em março e maio de 2018, tem sido combustível para essa tensão. Desde o início da campanha eleitoral em dezembro passado, se registraram 62 casos de violência contra líderes sociais, políticos e comunais.

A secretária executiva do Comitê Permanente pela Defesa dos Direitos Humanos (DDHH), Erika Gómez Ardila, afirmou, na segunda-feira, 26, que o governo da Colômbia não tem implementado uma política “o suficientemente contundente” para enfrentar a onda de violência contra líderes sociais.

“Não há uma política que seja o suficientemente contundente, mas que ademais seja o suficientemente idônea para frear esse incremento de homicídios que tem se apresentado no país”, asseverou.

Erika reiterou que os assassinatos registrados após a assinatura do Acordo de Paz em Havana (Cuba) correspondem a uma sistematicidade, já que desde 2016 até a data tem ocorrido mais de 300 homicídios contra dirigentes sociais e defensores dos Direitos Humanos.

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