As escolas municipais da cidade de São Paulo retomaram as aulas 100% presenciais a partir desta segunda-feira (25). Com isso, o rodízio entre os alunos nas escolas terminou. Com a medida, mais de 1 milhão de estudantes retornarão às aulas a partir desta semana. A presença nas salas de aula continua facultativa.
A decisão da Prefeitura de São Paulo acontece no momento em que a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo afirmou que a capital paulista superou a marca de 100% da população adolescente vacinada com a 1ª dose da vacina contra Covid-19.
Além disso, a campanha de vacinação na capital ultrapassa 90% da população adulta que concluiu o esquema vacinal de duas doses ou dose única.
Como reflexo da vacinação, o estado de São Paulo registrou o menor número de hospitalizados por Covid-19 desde 2 de abril de 2020, segundo a Secretaria estadual da Saúde.
São 3.509 internados com a doença, sendo 1.677 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 1.832 em leitos clínicos. A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 27,5% no estado e 36,3% na Grande São Paulo.
No pico da segunda onda da pandemia, houve quase nove vezes mais pessoas internadas com a doença, superando 31 mil pessoas em leitos de enfermaria e UTI.
Os pais que não se sentirem seguros para enviar os filhos precisarão assinar um termo de responsabilidade para poder buscar as tarefas que serão feitas em casa.
Apenas 19 escolas não vão revogar o rodízio de alunos, isso devido a problemas estruturais. Outras 1 500, aproximadamente, vão poder atender em sua capacidade total.
Segundo a secretaria municipal de Educação, as adequações de espaços foram feitas de acordo com a necessidade de cada unidade de ensino, como a instalação de bebedouros, por exemplo.
A rede municipal atende mais de um milhão de estudantes espalhados por 4 mil escolas.
“Das 1.500 escolas, nós temos 19 escolas com problemas físicos. Nessas, claro, nós não vamos atender os alunos presencialmente, os alunos vão continuar com atendimento online. A Secretaria de Obras está fazendo as licitações para essas obras e essas intervenções. Algumas escolas são algumas salas, outras, a escola como um todo”, disse o secretário municipal de Educação Fernando Padula
“Desde o início nós seguimos as orientações da saúde e da vigilância sanitária, tanto para o fechamento quanto reabertura das escolas. Neste momento, a área da Saúde diz que todos os alunos podem ser atendidos todos os dias”, disse o secretário municipal de Educação.
Estado também registra menor número de pessoas hospitalizadas
O estado de São Paulo registrou nesse domingo o menor número de pessoas hospitalizadas por covid-19 desde o dia 2 de abril de 2020. Atualmente 3.509 pacientes estão hospitalizados no estado, sendo 1.677 em UTIs e 1.832 em leitos clínicos. A taxa de ocupação de UTIs está em 27,5% no estado.
Além disso, quatro hospitais referência do estado, na região de Bauru, Araraquara, no interior, além da Baixada Santista, no litoral e Grande São Paulo não registram novas internações há pelo menos 10 dias.
Cinco estados brasileiros não registraram óbitos por covid nesse domingo, de acordo com informações do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional De Secretarias de Saúde, o Conass. São eles: Rio De Janeiro, Rondônia, Amazonas Amapá e Acre. Os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins também não registraram mortes na base de dados do Ministério, mas o Conass afirma em seu portal que eles não atualizaram os números desde sábado.
A média móvel semanal de novos casos no Brasil ficou em pouco mais de 12 mil na última semana e a média de novos óbitos em 7 dias ficou em 329, em relativa estabilidade desde o dia 13 de outubro.
A taxa de ocupação de leitos de UTI no país nesse domingo permaneceu em média em 28,5%, taxa que está em estabilidade desde o dia 18 de outubro, de acordo com o Portal da Transparência da Covid-19, que analisa os dados fornecidos pelo SUS e pelos estados.
O avanço da vacinação em todo o país é um dos principais fatores na diminuição de números de casos, internações e óbitos. Mais de 74% da população adulta brasileira já tomou ao menos uma dose e mais de 54% já completaram o ciclo de vacinação.