O comércio e o setor de serviços começaram o ano com uma queda brusca no nível de emprego no estado de São Paulo, informou a Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), sobre os dados de janeiro.
Na comparação com janeiro de 2018, o comércio atacadista, varejista e o setor de serviços juntos fecharam 6,6 mil vagas com carteira assinada na região. O resultado é diferença entre 286.154 admissões e 292,771 demissões no primeiro mês de 2019.
No ano passado, o saldo (diferença entre as contratações e as demissões do período) dos três ramos havia sido bem menor: 83 postos celetistas a menos.
Os efeitos da crise no bolso dos trabalhadores tiveram impacto negativo nas contratações do comercio varejista – setor que cortou 22.867 vagas com carteira assinada no período, o pior resultado desde janeiro de 2015.
De acordo com o balanço da Fecomercio-SP, feito com base nos resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, 80% das demissões de janeiro ocorreram em supermercados, lojas de vestuário, tecidos e calçados.
A pesquisa da Fecomercio também detalhou o aumento dos contratos de trabalho intermitente – aberração criada pela reforma trabalhista que permite contratação por tempo indeterminado, sem definição de jornada de trabalho e, portanto, sem salário fixo. Essa modalidade cresceu especialmente em janeiro no setor de serviços, que teve saldo de contratação de intermitentes de 318 vagas em São Paulo.