Na última quinta-feira (27), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) apresentaram discordâncias relacionadas à nota técnica que foi divulgada pelo Ministério da Saúde na semana passada (21).
“Manifestamos total discordância com a nota técnica publicada, que fundamenta a decisão de não aprovar as Diretrizes Terapêuticas para o tratamento farmacológico da Covid-19 (hospitalar e ambulatorial) no âmbito do SUS”, diz o pronunciamento conjunto das instituições.
A publicação em questão dizia que as vacinas contra a Covid-19 não tinham demonstração de segurança, enquanto a hidroxicloroquina possuía.
Após a repercussão, o Ministério da Saúde retirou da nota apenas a tabela que indicava insegurança quanto à efetividade das vacinas.
Vale ressaltar que as vacinas contra a Covid são internacionalmente reconhecidas como o método mais seguro de prevenção contra a doença.
Com a repercussão e o descaso do ministério, o Conass e o Conasems divulgaram ofício conjunto pedindo para que a nota seja tirada do ar.
“Diante do exposto, solicitamos a revogação imediata das Portarias SCTIE/MS nº05, 06, 07 e 08, de 25 de janeiro de 2022, e a tempestiva publicação das Diretrizes Brasileiras que versam sobre o tratamento hospitalar e ambulatorial do Paciente com Covid-19, elaboradas pelo grupo representativo de especialistas convocados pelo Ministério da Saúde e aprovadas pela Conitec.”, diz o pedido enviado diretamente para Marcelo Queiroga, Ministro de Estado da Saúde.