A Confederação das Mulheres do Brasil (CMB) enviou uma carta de solidariedade à senadora Simone Tebet (MDB-MS), devido ao “ataque tresloucado de machismo”, sofrido pela senadora durante reunião da CPI da Covid, quando Simone Tebet foi chamada de “descontrolada” pelo ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário.
“Consideramos que quando uma mulher é agredida todos são agredidos (as). Repudiamos a covardia que se utilizou do machismo para tentar ‘fugir’ de apresentar a verdade à Nação e adiar as explicações que todos nós exigimos”, diz a carta.
A CMB afirma ainda que “nosso país quer punição exemplar a todos que negligenciaram e ainda negligenciam a vida. Somos mais de 600 mil famílias agredidas pela morte por COVID e milhões agredidas pela FOME”.
A entidade reitera que o trabalho da CPI “tem sido um alento para nossas esperanças por justiça e a atuação das Senadoras tem proporcionado orgulho a todas as mulheres brasileiras que lutam por um futuro livre da barbárie bolsonarista”.
O ministro da CGU chamou Simone Tebet de “descontrolada” após ter sido abordado pela senadora, que acusou o ministro de atuar para atender aos interesses escusos do Governo Federal em relação ao processo de aquisição da vacina Covaxin.
“A CGU não foi criada para ser órgão de defesa de ninguém”, disse a senadora. “Temos um controlador que passa pano, deixa as coisas acontecerem”, afirmou Simone Tebet.
Após as críticas, o ministro chamou a senadora de “descontrolada”, causando tumulto, e levando ao encerramento da sessão. A reunião terminou com a conversão do ministro de testemunha a réu, a pedido do presidente da CPI, Omar Azis (PSB-AM).
Na carta, assinada pela presidente da entidade, Gláucia Morelli, a CMB agradece à senadora “por sua atuação firme e corajosa sempre honrando cada uma de nós”.