O assassinato de mais de 1.500 civis “demonstra que estão sendo violados o Estado de direito e a justiça” e refletem a “ação do imperialismo nas províncias sírias de Latakia e Tartus”, denuncia o CMP
O Conselho Mundial da Paz (CMP) expressou nesta quarta-feira (12) “a sua indignação e enérgico repúdio aos recentes e brutais assassinatos e massacres perpetrados nas províncias sírias de Latakia e Tartus”
“Estamos conscientes e não nos surpreende a natureza destas forças, que chegaram ao poder na Síria com o apoio aberto de importantes forças globais e regionais. Depois de terem sido ‘limpas’ do seu passado jihadista, agora são projetadas como libertadoras da Síria”, denuncia o manifesto. Conforme o CMP, “o assédio, a discriminação e a caça às bruxas, incluindo os assassinatos de opositores ao novo regime pelas milícias armadas que lhe pertencem, criam uma situação explosiva sobre a qual alertamos quando o novo regime tomou o poder em dezembro passado”.
“Os mais de 1.500 assassinatos, na sua maioria civis desarmados, demonstram que estão sendo violados o Estado de Direito e a Justiça. As declarações hipócritas e arbitrárias dos EUA, da União Europeia e dos seus aliados – Turquia e Israel – na região demonstram o seu apoio ao novo regime sírio. Os assassinatos de cidadãos sírios por forças estatais e paraestatais constituem ações de limpeza étnica e devem parar imediatamente. Os planos imperialistas para a Síria e o Oriente Médio são perigosos e prejudiciais para os povos da região”, acrescenta o manifesto.
O Conselho Mundial da Paz apresenta a sua “solidariedade ao povo sírio e às forças de paz do país”. “Apelamos aos membros e amigos do CMP para que se manifestem sobre esta questão e permaneçam alertas diante de uma possível escalada. O povo sírio não merecia isto depois de tantos anos de intervenção imperialista, guerra civil e destruição. Viva a Solidariedade Internacionalista! Abaixo o imperialismo e os seus aliados no Oriente Médio!”, conclui a entidade.
