Em nota, os delegados federais parabenizaram também a indicação de Andrei Passos Rodrigues, anunciado por Dino para ser diretor-geral da Polícia Federal
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) lançaram nota de apoio à escolha do senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a partir de 2023.
O nome do ex-governador do Maranhão foi anunciado, na sexta-feira (9), pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na nota, os delegados federais também parabenizaram a escolha de Andrei Passos Rodrigues, indicado por Dino para ser diretor-geral da Polícia Federal.
“Ambos têm trajetórias públicas de muito êxito e profissionalismo – sendo o futuro ministro um jurista amplamente reconhecido e tendo ocupado os cargos de juiz federal e presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), além de governador do estado do Maranhão”, apontam os delegados.
Sobre Andrei Passos Rodrigues, a ADPF e a Fenadepol chamam a atenção para o fato do delegado ter “história na Polícia Federal”. Ele já foi chefe de delegacias no Amazonas e no Rio Grande do Sul, bem como foi chefe da Divisão de Relações Internacionais da Polícia Federal e Secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos.
O novo governo começa bem em um setor sensível que é a segurança pública. Esse apoio, tanto ao novo ministro, que vai tomar posse em 1º de janeiro, quanto ao diretor-geral, ajuda a pacificar instituições que foram instrumentalizadas por Bolsonaro ao longo do mandato presidencial.
GESTÃO EFICIENTE E BONS PRINCÍPIOS
“Os delegados federais desejam aos futuros ministro e ao diretor-geral uma gestão eficiente e pautada nos bons princípios da administração pública, desejando, como se espera, que a PF tenha sempre um tratamento de Polícia de Estado, com estabilidade para seu melhor desempenho e valorização constante do seu efetivo”, está escrito na nota dos delegados federais.
Andrei Rodrigues, futuro diretor-geral da PF (Polícia Federal), tem graduação em Direito pela Ufpel (Universidade Federal de Pelotas) e mestrado em Alta Gestão em Segurança Internacional pela e Universidad Carlos 3º, de Madrid, e Centro Universitário de la Guardia Civil.
Rodrigues cuidou da segurança de Lula durante a campanha eleitoral e integra a equipe de transição de governo. O delegado também chefiou, em 2010, a segurança da então candidata a presidente Dilma Rousseff e atuou como responsável pela segurança da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.
FLÁVIO DINO
Dino é o coordenador do grupo técnico que discute Justiça e Segurança Pública nesse período de transição. Durante as reuniões com especialistas, o senador eleito defendeu a revogação de decretos do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL), que flexibilizaram o acesso às armas no país.
O próximo ministro da Justiça já disse que é preciso discutir “modulação” da quantidade de armamento que já está nas mãos da população, com o objetivo de tirar de circulação, por exemplo, as armas de grosso calibre.
Dino também sugeriu o recadastramento de clubes de tiro e a revisão dos conceitos de CAC (colecionador, atirador e caçador).
Como coordenador do grupo técnico de Justiça, Dino também defendeu atuação mais restrita da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Na avaliação dele, as medidas tomadas ao longo do governo Bolsonaro permitiram que a instituição avançasse em atribuições que, originalmente, não caberiam à força policial.
M. V.