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“Esse grupo de aposentados não representa a classe dos Delegados de Polícia Federal”, dizem os delegados em nota
Com uma nota de repúdio online, delegados da ativa na Polícia Federal rebateram a iniciativa de um grupo de colegas aposentados que entraram com notícia-crime na Procuradoria-Geral da República pedindo a abertura de uma investigação contra o ministro Alexandre de Moraes.
Na notícia-crime, protocolada segunda-feira (26), os aposentados acusam o ministro e o delegado Fábio Alvarez Shor, responsáveis pela operação de busca e apreensão sobre os empresários bolsonaristas que defenderam um golpe de Estado, de abuso de autoridade.
Em resposta, os delegados da ativa denunciam que os aposentados estão promovendo um “movimento político-ideológico e eleitoral”, além de expressar opinião “desatualizada e desorientada” em relação ao caso. Eles também manifestam apoio ao delegado e ao ministro.
“Esse grupo de aposentados não representa a classe dos Delegados de Polícia Federal. E a missiva destinada ao PGR revela mera opinião desatualizada e desorientada frente à Constituição Federal, assim como denota desprezo pela autonomia técnico-jurídica das Autoridades Policial e Judiciária que atuam no Inquérito Policial”, diz o documento.
Em grupos fechados de WhatsApp, os delegados da ativa também chamaram os aposentados de “aloprados” e apontam que a notícia-crime tem o objetivo de reforçar as frequentes ofensas de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) na reta final da corrida eleitoral.
Até o final da noite da segunda, 86 pessoas já tinham assinado o documento.
Nas mensagens trocadas em grupos de WhatsApp, os empresários ligados ao presidente Jair Bolsonaro diziam preferir um golpe militar à vitória de Lula nas eleições, entre outras coisas.
Além de autorizar a operação de busca e apreensão, no último dia 23 de agosto, Moraes também autorizou a quebra de sigilo dos oito empresários.