Durante a madrugada e a manhã deste sábado (7), após cinco dias de completo apagão, o fornecimento de energia foi retomado parcialmente nos bairros de Macapá e em algumas áreas da Região Metropolitana da capital do Amapá.
Quase 90% da população do Amapá – cerca de 765 mil pessoas – ficou sem energia elétrica na terça-feira (3). Um incêndio atingiu a principal subestação do estado, que alimenta 13 das 16 cidades amapaenses.
Com a falta de eletricidade, houve problemas no fornecimento de água potável e ainda falhas nas telecomunicações, além de filas nos postos de combustíveis e prejuízos ao comércio.
Apesar do retorno do serviço na maior parte das regiões da capital, alguns locais tiveram o fornecimento suspenso em pouco tempo. Em grande parte da região metropolitana, os moradores afirmaram que estavam sem energia.
Na sexta-feira (6), um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou com equipamentos para ajudar nesse retorno.
Em nota na manhã deste sábado, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que os trabalhadores da Eletronorte concluíram os reparos em um dos transformadores da Subestação Macapá, o que permitiu o início gradativo do atendimento aos consumidores amapaenses. Ainda de acordo com o MME, até 9h30, 33% da carga típica para o horário estava sendo atendida.
A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), que acompanha o processo e faz a distribuição da energia no estado, decidiu fazer um rodízio de energia. Um cronograma de como isso acontecerá deve ser anunciado ainda neste sábado.
“A CEA estabeleceu uma listagem de circuitos elétricos que entrariam conforme essa energia fosse disponibilizada. […] Lembramos que para a segurança do sistema não é igual fazer a ligação de um interruptor. São questões muito complexas. É necessário segurança para não causar instabilidade no sistema”, declarou o diretor-presidente da CEA, Marcos Pereira.
OMISSÃO
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) publicou um agradecimento aos trabalhadores da estatal Eletronorte, pela atuação no restabelecimento da energia no estado. Segundo Randolfe, mais uma vez, o serviço público atua para resolver um problema causado pelo setor privado.
O senador denunciou a empresa espanhola Isolux, terceirizada responsável pelos geradores, como a responsável pelo apagão no estado. “A empresa Isolux causou um apagão de 4 DIAS no Amapá sob aval da ANEEL, que não fiscalizou e sequer acompanhou o processo de INCOMPETÊNCIA e FALÊNCIA da empresa que não tinha nenhuma condição de atuar em nosso Estado”, disse Randolfe no Twitter.
Ele criticou ainda a omissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel):
“A ANEEL não foi apenas omissa quando não fiscalizou e não atentou para nosso Estado quando houve o primeiro alerta, ela agiu ATIVAMENTE para que o apagão dessa semana acontecesse!”
“Esse é o preço da privatização! Já representamos no TCU, na Justiça Federal e fizemos requerimento de convocação do ministro de Minas e Energia, pedimos a cassação da concessão da Isolux”, concluiu o senador.
SOLIDARIEDADE
Na última sexta-feira, o governador do Maranhão Flávio Dino usou suas redes sociais para dizer que irá apoiar o governo em ações de emergência.
“Coloquei-me à disposição do governador Waldez, do Amapá, para auxiliar no que for necessário, por solidariedade à população do estado, nossos irmãos e irmãs da Amazônia”, disse Dino no Twitter.
Dino também questionou Bolsonaro, que fez pouco caso em medir esforços com a ajuda no Amapá com a população e os comerciantes locais.
“Bolsonaro já se deslocou para o Amapá, em solidariedade e auxílio à população que está com graves sofrimentos e transtornos? Qual a ajuda que será dada aos comerciantes que estão acumulando gigantescos prejuízos?”, disse.
Porém apesar da subcontratação( terceirização), de queméa responssabilidade técnica parafiscalizar esse contrato ou concessão?…vai ter pizza.
Quem vai idennizar os prejuízos?…de Quem é a competência legal para a geração e subtransmissao?, juntamente com a fiscaliza
ção.