Um grupo de deputados de sete partidos entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira 19), para autorizar uma investigação contra Jair Bolsonaro por reunião com embaixadores de todo o mundo, onde falou mentiras sobre as urnas eletrônicas e fez ameaças à democracia.
Para os parlamentares, Jair Bolsonaro não pode “usar do cargo de presidente da República para subverter e atacar a ordem democrática, buscando criar verdadeiro caos no País e desestabilizar as instituições públicas”.
O ataque de Bolsonaro às urnas eletrônicas é “absolutamente infundado”, afirmam.
Os deputados do PV, Rede, PSB, PCdoB, PDT, PSol e PT apontam como criminoso (improbidade administrativa) o uso da TV Brasil e a estrutura do Palácio da Alvorada em “proveito próprio” e a realização de “propaganda eleitoral antecipada”.
Jair Bolsonaro deve “responder por ato de improbidade administrativa ao fazer uso direto e indevido, em proveito próprio, à luz do dia, de bens públicos como a estrutura da Presidência da República e divulgação pela TV Brasil, e por fazer propaganda eleitoral antecipada, cometendo ainda abuso do poder político e econômico e crime eleitoral, agindo de maneira indigna como presidente da República”.
Bolsonaro convidou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal de Contas da União (TCU), mas os representantes de todas as instituições se recusaram a participar do teatro para os embaixadores estrangeiros.
Assinam o pedido de investigação os deputados Bacelar (PV-BA), Joênia Wapichana (Rede-RR), Bira do Pindaré (PSB-MA), Renildo Calheiros (PCdoB-PE), Wolney Queiroz (PDT-PE), Sâmia Bomfim (PSol-SP), Alencar Santana (PT-SP), Reginaldo Lopes (PT-MG) e Afonso Florence (PT-SP).
O deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), em declaração nas redes sociais, afirma que Jair Bolsonaro “fica o tempo todo vomitando fake news contra as urnas eletrônicas” porque está “com medo de perder as eleições”.