Derrota do governo no Senado: abono será mantido a quem recebe até dois salários mínimos

Votação dos destaques no plenário do Senado. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O governo sofreu uma derrota no Senado, na madrugada de quarta-feira (2), durante a votação do projeto de reforma da Previdência.

A proposta derrotada foi a de restringir o benefício do abono salarial. Hoje, o benefício – no valor de um salário mínimo – é destinado a quem recebe até dois salários mínimos (R$ 1.996 em 2019).

A proposta do governo era passar a pagar para quem recebe apenas um salário mínimo. Na Câmara, o valor foi alterado, passando para R$ 1.364,43 por mês, ainda menor do que é pago atualmente.

Para manter a restrição do beneficio, a proposta precisava de 49 votos a favor, mas só obteve 42. Com a derrota, ficou mantida a regra em vigor.

O destaque foi proposto pela bancada do Cidadania, excluindo do texto as mudanças sobre o abono salarial.

Para a líder do partido, Eliziane Gama (MA), que defendeu o destaque à tribuna, a votação “foi uma grande vitória. O plenário, a partir de um destaque que apresentei hoje na reforma da Previdência, garantiu o pagamento de abono salarial para quem ganha até dois salários mínimos”.

“Com proposta nossa aprovada, 13 milhões de brasileiros vão manter o abono salarial pago para quem ganha até R$1.996 por mês, ou seja 2 salários. Não podemos concordar com uma reforma que arrocha ainda mais os trabalhadores mais pobres”, afirmou.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também comemorou a vitória em manifestação nas redes sociais: “Conseguimos manter o pagamento do abono salarial para trabalhadores que ganhem até 2 salários mínimos mensais na proposta de Reforma da Previdência em discussão no Senado. A intenção do governo era limitar o pagamento para quem ganha até R$ 1.300,00 mensais. Perderam!”.

Nesta quarta-feira (2), o Senado retomou a votação dos destaques restantes que podem alterar o texto-base. “Conseguimos manter o abono salarial”. “Agora, vamos lutar para manter a pensão integral para viúvas e viúvos”, declarou o senador Fabiano Contarato (Rede-ES).

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