Bolsonaristas usam dinheiro público para bancar ato antidemocrático, denuncia tiktoker e youtuber
As denúncias de ilegalidade e a queima de dinheiro público para bancar a convocação golpista dos bolsonaristas para o dia 7 de setembro se avolumam.
O tiktoker e youtuber Thiago Reis mostra em vídeo os bolsonaristas oferecendo uma “caravana sem custos” para ir às manifestações em São Paulo e Brasília.
“O desespero é tanto que os bolsonaristas tão oferecendo ‘caravana sem custos’ para ir a São Paulo ou Brasília. Eles ainda pagam a passagem de ida e de volta e o lanchinho. Em Brasília, estão oferecendo sete dias de hospedagem”, diz Thiago.
Ele ainda mostra uma postagem na web em que os apoiadores de Bolsonaro em Governador Valadares (MG) vão ter lanche na ida e na volta para comparecer à manifestação, defender o voto impresso e a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Sabem como eles pagam isso? Com o dinheiro público! É. Ou dinheiro roubado mesmo ou é subsídio, isenção de impostos para empresários bolsonaristas. Ou às vezes vão no BNDES para pegar empréstimos que nunca vão pagar. Dinheiro público”, questiona o youtuber.
GAZIN
O fundador da rede de lojas de varejo, Mário Gazin, apareceu no final de semana oferecendo pagar a viagem de quem quiser participar do malfadado ato em favor de Bolsonaro.
O site Congresso em Foco informa que num vídeo que circula em grupos de apoio bolsonaristas à manifestação, o empresário Mário Gazin indica que pagará o ônibus de quem se dispor a fazer a viagem. A frota, que seria de três ônibus, sairia da empresa de Gazin, em uma cidade no interior do Paraná, segundo o empresário.
Em outro vídeo, Mário Gazin aparece ao lado de Valdemir Zago, da Zaeli alimentos, e de outros empresários da região, para convocar manifestantes a irem para os atos antidemocráticos. “Todos precisam se empenhar, porque se não fizermos agora…”, diz Zago, “… vai sofrer depois”, complementa Gazin.
Gazin defende Bolsonaro e já apareceu junto de outros defensores do círculo de amizades bolsonaristas, como Luciano Hang.
TADEU
O deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) informou que já há “pelo menos 50 ônibus alugados” por oficiais da PM no interior do Estado para o ato antidemocrático.
A participação de policiais militares da ativa em manifestações políticas é proibida pela legislação e pelo Regimento Disciplinar da PM.
Oficiais de cidades do interior de São Paulo como Itapetininga, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Bauru e Campinas se organizam para comparecer ao ato e, segundo o parlamentar, PMs estão recebendo o “apoio” de comerciantes para pagar seus assentos, “com custo entre 30 e 100 reais”.
Ele afirmou, sem comprovar, que “80% das tropas da PM do Estado de São Paulo são bolsonaristas”.
O deputado Coronel Tadeu ficou tristemente conhecido por quebrar, em 2019, a placa da exposição da Câmara dos Deputados, pelo Dia da Consciência Negra, que tinha o desenho de um policial armado e um jovem caído no chão sob o título “O genocídio da população negra”.
Tadeu ameaçou o governador e disse que caso ele decida ‘proibir’ a presença de PMs na Paulista “terá de arcar com as consequências”.