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Nosso empenho é promover uma solução duradoura para a Questão Palestina, declarou o presidente chinês
O presidente da China, Xi Jinping, ressaltando a “deterioração drástica” da situação na Palestina nos últimos meses, afirmou na cerimônia de abertura da 10ª Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação China-Estados Árabes, na quinta-feira (30), que a agressão a Gaza não deve continuar indefinidamente e sublinhou a posição de Pequim em promover uma solução duradoura para a Questão Palestina.
“A justiça não deve estar ausente para sempre. O compromisso com a Solução de Dois Estados não deve ser secundarizado à vontade. A China apoia firmemente o estabelecimento de um Estado independente da Palestina que goze de plena soberania com base nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como capital. Apoia a adesão plena da Palestina à ONU e apoia uma conferência de paz internacional mais ampla, autorizada e eficaz”, disse Xi.
Nos últimos meses, a China tem insistido em promover “todos os esforços possíveis para proteger os civis e evitar um desastre humanitário ainda pior”. Por esta razão, Xi anunciou que a China vai doar 500 milhões de yuans (360 milhões de reais) em ajuda humanitária a Gaza.
Pequim insistiu no seu apoio a uma solução pacífica para o conflito, bem como a sua “consternação” com os ataques israelenses contra civis em Gaza. Os diplomatas também realizaram numerosas reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para fortalecer esta posição ou avançar nas conversações de paz.
COMUNIDADE COM FUTURO COMPARTILHADO
Na abertura da Conferência, que se realiza em Pequim, o líder defendeu “esforços conjuntos” da China e países árabes para encontrar “soluções para as questões globais mais urgentes” e “fortaleçam a sua cooperação em áreas como gás, petróleo, comércio e infra-estruturas”.
A proposta de Declaração de Beijing analisa o importante consenso e o progresso na implementação dos resultados da Cúpula China-Estados Árabes e ressalta o caminho prático para promover a construção de uma comunidade sino-árabe com um futuro compartilhado. Reafirma que a China e os Estados árabes continuarão a apoiar-se mutuamente em interesses centrais, a aprofundar a cooperação pragmática e a expor as suas posições compartilhadas sobre a solução política de questões regionais quentes, o diálogo entre civilizações, a governança global, o combate ao terrorismo, os direitos humanos, a inteligência artificial, a mudança climática, etc.
Na Conferência participam representantes de vários países como Líbano, Egito, Iêmen, Marrocos, Líbia, Kuwait, Qatar, Omã, Somália, Sudão, Djibuti, Tunísia, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Bahrein, Argélia, Arábia Saudita, Iraque, Síria, Palestina, Comores, e a Mauritânia, além da China.
Os seguintes chefes de Estado árabes fizeram questão de comparecer: rei Hamad bin Isa Al Khalifa, do Bahrein; presidente Abdel Fattah El-Sisi, do Egito; presidente Kais Saied, da Tunísia e o presidente Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan, dos Emirados Árabes Unidos.