Os docentes das universidades e institutos federais, em greve desde o início de março, estão convocando uma mobilização para o próximo dia 3 de junho, no Distrito Federal, em Brasília. O ‘Dia Nacional de Luta’ dos professores exigirá a retomada das negociações do governo federal com as entidades representativas da categoria, como o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) e com a Fasubra, representante dos servidores técnico-administrativos das instituições de ensino superior.
As manifestações acontecerão na mesma data em que está prevista a realização de uma reunião com o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), marcada após pressão das entidades que vêm denunciando um “acordo farsa” entre governo e Proifes e o anúncio do fim das negociações. “Depois de um duro enfrentamento junto ao MGI, no dia 27, o Andes-SN e o Sinasefe conseguiram arrancar o compromisso de uma nova reunião”, afirmam.
De acordo com o Andes-SN, o acordo assinado “não tem legitimidade”, já que foi selado “em local secreto, na segunda-feira (27)”, com uma “entidade sem legalidade”, e sem atender às reivindicações da categoria, mantendo o reajuste zero para 2024.
Além de cobrar a retomada do diálogo com o governo federal, a manifestação também reivindica a recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino e pelo “revogaço” das medidas do governo de Jair Bolsonaro, “que atacam docentes e técnicos e a Educação Federal”.
A mobilização contará com manifestações em Brasília e também nos estados, nas instituições de ensino, com o apoio do movimento estudantil, movimentos sociais e demais categorias que apoiam a defesa da Educação Pública.
