“A cada 10 minutos uma criança é morta em Gaza, na Palestina que é nossa irmã”, declarou a ministra do Exterior da Indonésia presente à manifestação
Dois milhões de pessoas tomaram as ruas da capital da Indonésia, Jacarta, exigindo cessar-fogo imediato e o fim do massacre de palestinos por parte de Israel.
Os manifestantes se reuniram no Monumento Nacional, no centro da cidade, na manhã do domingo (5). Ao longo do último mês, manifestações menores já tinham ocorrido.
O ato foi convocado por organizações religiosas, desde islâmicas até católicas e budistas, e por figuras públicas ligadas ao governo, como a ministra de Relações Exteriores, Retno Marsudi.
Marsudi lembrou, em discurso feito à multidão, que a “cada 10 minutos, uma criança é morta em Gaza. Milhares de pais perderam suas crianças, enquanto milhares de crianças perderam seus pais”.
A “Indonésia não vai nunca deixar de ajudar. A Indonésia vai estar sempre com vocês até os colonizadores deixarem nossas casas. Palestina, você é nossa irmã”.
A Indonésia não tem relações diplomáticas com Israel, apesar dos movimentos feitos pelos Estados Unidos para que as relações fossem normalizadas.
Os milhões de indonésios que foram às ruas protestar contra o massacre carregavam bandeiras da Palestina e vestiam os tradicionais lenços quadriculados, as keffiyehs.
Nesta segunda-feira, (6), quando se completar um mês desde a agressão de Israel contra a Faixa de Gaza, o número de mortos já passa dos 10.000. Outras 29.000 pessoas foram feridas pelas bombas.
Isayna Artharini, de 40 anos, disse à Arab New, que “quando lemos livros de história e nos perguntamos como o Holocausto aconteceu, como é que as pessoas permitiram isso?”.
Ela apelou aos demais que, “pelo menos para a sua consciência, não fique do lado que permite que este genocídio aconteça”.
O cardiologista Berlian Idriansyah, de 46 anos, disse ter se comovido com a visão de milhares de imagens de crianças assassinadas por Israel que circulam desde o começo da guerra. “Condenamos as atrocidades cometidas por Israel, apoiamos a Palestina e exigimos um cessar-fogo imediato”, falou.
