O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), rebateu Bolsonaro e disse que “a vacina [para o coronavírus] deveria sim ser obrigatória para todos os brasileiros”.
Na segunda-feira (31), quando conversava com uma apoiadora, Jair Bolsonaro declarou que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”.
“Quero respeitosamente discordar dessa posição”, disse Doria.
“Ao meu ver, a vacina deveria sim ser obrigatória para todos os brasileiros. A vacina tem que ser uma decisão pessoal de cada um, mas uma obrigação, uma determinação do Estado”.
O governador diz esperar que a posição de Bolsonaro não seja definitiva. “Entendo que essa manifestação do presidente Jair Bolsonaro possa ser revista. Penso que posição da saúde deva ser aquela que prevalece sobre posições de ordem ideológica”.
Ao mesmo tempo em que diz que a vacina não deve ser obrigatória, Bolsonaro, no caso da vacina da Astra Zeneca/Oxford, além de US$ 140 milhões já gastos, desembolsou mais R$ 1,3 bilhão para adquirir a licença de patente da multinacional inglesa para produzir a vacina no país.
Já a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a empresa chinesa Sinovac, será fabricada no Brasil sem custos adicionais.
Diversas vacinas estão em suas últimas fases de testagem. Em São Paulo, o Instituto Butantan está cooperando com a vacina da empresa chinesa Sinovac Biotech. Segundo Dória, a produção da vacina deve começar em novembro e até fevereiro a população estará vacinada.
No Paraná, está sendo testada a vacina russa Sputnik V. Em outubro, ela começará a ser testada em 10 mil voluntários.