O Partido Comunista da Federação Russa (PCFR) conclama todos os russos e todos os povos a agirem para deter o que classificou como “colapso nuclear” que pode ocorrer se o bombardeio pelas hostes de Zelensky atingir o cerne nuclear da Usina Zaporozhia
Durante a operação militar especial, as Forças Armadas russas, juntamente com a milícia popular da República Popular de Donetsk (DPR) e da República Popular de Lugansk (RPL), estão ampliando o número de povoados libertados dos apoiadores das ideias de Bandera*. Pressentindo o fim iminente, as formações armadas dos nacionalistas fizeram tentativas de ataques com foguetes contra os edifícios das unidades de energia da usina nuclear de Zaporozhia, diz o preambulo do alerta do PC da Rússia, assinado pelo seu secretário-geral, Gennady Andreevich Zyuganov, presidente do Comitê Central do Partido Comunista da Federação Russa, líder da bancada do PC na Duma [Câmara dos Deputados] da Assembleia Federal
Segue o comunicado do PC da Rússia:
No momento, o caso não teve impactos diretos nos reatores. No entanto, a destruição de até mesmo um dos elementos da cadeia tecnológica da usina nuclear pode levar a consequências catastróficas. A estação de Zaporozhia com suas unidades de energia é a maior do mundo. Uma avaria nela será muitas vezes mais destrutiva do que a catástrofe na usina nuclear de Chernobyl, cujas consequências são sentidas até hoje.
É claro que os bombardeios de usinas nucleares não é obra de fanáticos solitários. As unidades militares agem sob ordens diretas da liderança política da Ucrânia. Os neonazistas provaram sua disposição de usar massivamente moradores pacíficos como escudos humanos, destruir impiedosamente cidades, empresas industriais e infraestrutura civil.
O terrorismo de Estado tornou-se a base da política do grupo criminoso de Zelensky. O bombardeio de usinas nucleares é um estágio fundamentalmente novo e mais perigoso da loucura dos banderistas. O mundo recebeu provas visíveis de que a ideia de criar armas nucleares estava de fato amadurecendo em suas cabeças.
Na primavera de 1945, sentado no bunker da Chancelaria do Reich, Hitler deu ordens criminais para destruir pontes e estradas, fábricas e usinas de energia, prédios residenciais e hospitais em toda a Alemanha. Depois que as unidades do Exército Vermelho entraram em Berlim, ele ordenou que o metrô da cidade fosse inundado junto com os moradores locais que estavam escondidos lá dos bombardeios e disparos. A grande maioria eram mulheres, crianças e idosos. Segundo a lógica pervertida do Führer, após o colapso do nazismo, “a Alemanha e o povo alemão não deveriam ter o direito de existir”.
Aqueles que se sentam no poder em Kiev fazem o mesmo hoje. Eles não dão ordens menos criminosas. A única diferença é que Hitler não tinha a capacidade de usar a energia atômica para destruir as pessoas. Os seus espinhosos filhos adotivos em Kiev se mostraram capazes disso. Estamos lidando com chantagem nuclear contra a humanidade. Nesta situação, ficamos impressionados com a fraca resposta da ONU e sua Agência de Energia Atômica (AIEA). Chegou a hora de tocar todos os sinos e exigir com firmeza a cessação imediata dos bombardeios da central nuclear de Zaporozhia.
A destruição de usinas nucleares na Ucrânia pode levar a um genocídio em larga escala sem precedentes na história da humanidade. No caso de um ataque de mísseis, os prédios destruídos das unidades de energia se tornarão uma fonte de contaminação radioativa que matará toda a vida em vastos territórios. Isso afetará não apenas a Rússia e a Ucrânia, mas também a Romênia, Hungria, Polônia, República Tcheca, Bulgária, Alemanha e muitos outros países. Todos sofrerão, inclusive os governos que mais zelosamente apoiam bandera. Nuvens radioativas não reconhecem fronteiras de Estados. A poeira mortal no ar é capaz de circundar o globo muitas vezes, espalhando a morte ao redor do planeta muito mais rápido do que a peste, a cólera ou a COVID-19.
Infelizmente, as autoridades europeias fecham os olhos para a catástrofe iminente. Os políticos ocidentais devem parar de enganar a população de seus países. Eles são chamados a reconhecer o perigo extremo que paira sobre o planeta como resultado das aventuras da junta neonazista em Kiev. Isso é ainda mais verdadeiro para os EUA. Washington é o principal culpado pelo curso mais perigoso dos acontecimentos. É ele quem direciona o fluxo de armas e dinheiro para a Ucrânia. É sabido que os sistemas de armas de ataque entregues ao regime banderista são controlados pelos militares dos EUA. São as mesmas armas usadas para mirar na usina de Zaporozhia, colocando o mundo à beira de uma catástrofe nuclear.
Um desenvolvimento tão monstruoso de eventos deve ser interrompido! O Partido Comunista da Federação Russa dirige-se ao presidente da Rússia Vladimir Putin, a ativistas estatais, políticos, públicos e religiosos de todos os países do mundo com um chamamento para evitar um colapso nuclear. É extremamente importante considerar imediatamente a situação atual em uma reunião do Conselho de Segurança da Rússia e desenvolver um conjunto de medidas de resposta.
Apelamos à liderança da Federação Russa para que pressione os círculos dominantes dos EUA por meio dos canais diplomáticos. Os curadores da política ucraniana na Casa Branca, no Pentágono, no Departamento de Estado e na CIA devem perceber a gravidade excepcional da situação. É hora de se lembrarem de sua “responsabilidade para com o mundo”, que eles declararam repetidamente tão alto. Eles são simplesmente obrigados a exercer toda a influência necessária sobre seus protegidos em Kiev.
O neofascismo fracassado está pronto para destruir milhões de pessoas.
Não é possível permitir que faça isso!
Gennady Andreevich Zyuganov, presidente do Comitê Central do Partido Comunista da Federação Russa
* Stepan Bandera fascista ucraniano que se aliou ao regime de Adolf Hitler contra a União Soviética, durante a 2ª Guerra Mundial. Atuou ajudando as tropas de Hitler a assassinar milhares de poloneses, em nome de uma suposta ‘libertação’ da Ucrânia
Tradução Hora do Povo