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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou durante encontro, em Porto Alegre, com militantes do partido no Estado que ficará no PSDB. A declaração diz respeito a uma sondagem que o PSD tem feito ao governador gaúcho para que ele mude de partido e dispute a Presidência da República.
Desde dezembro, ele se encontrou três vezes com o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Ao discursar aos militantes tucanos, porém, o governador descartou deixar o PSDB.
“Quero dizer para vocês que não precisam pedir para eu ficar, porque eu jamais sairei. Não precisam me pedir para não parar, porque eu não vou parar”, afirmou.
Leite, que foi derrotado nas prévias em que o PSDB escolheu o governador de São Paulo, João Doria, como pré-candidato do partido, também admitiu publicamente, pela primeira vez, que seu futuro político pode ser concorrer à reeleição.
A atividade com a militância ocorreu no sábado (12), com a presença do presidente nacional do partido, Bruno Araújo.
De acordo com o jornal “O Globo”, o governador disse no evento que, se resolver mesmo entrar na disputa para continuar no cargo, vai garantir um palanque forte para a campanha presidencial de Doria no quinto Estado com mais eleitores do país.
O governador evitou, porém, garantir que estará na disputa pelo Palácio Piratini, contrariando um compromisso assumido durante o mandato de não concorrer à reeleição.
“Tenho essa convicção (contra a reeleição). Mas também tenho a convicção de que não podemos permitir que o Estado se perca”, discursou Leite.
Desde que tomou posse, o governador dizia que não disputaria a reeleição. No entanto, ele tem sido pressionado a mudar de posição para que o PSDB tenha mais chance de manter o controle do Estado. “Não vou me omitir nesse processo eleitoral (no Rio Grande do Sul). Não sei se será como candidato, mas tenho certeza que vou participar como uma liderança”, afirmou.
Na semana passada, Leite participou de uma reunião em Brasília com as presenças do deputado Aécio Neves (MG), do senador Tasso Jereissati (CE), do senador José Aníbal (SP) e de Pimenta da Veiga, ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso, em que foi discutida as dificuldades da pré-candidatura de Doria a presidente.
Em seu discurso no sábado, o governador gaúcho reafirmou que lideranças do partido têm legitimidade para fazer questionamentos aos rumos da campanha do presidenciável escolhido. “A gente respeita as prévias, houve um vencedor, mas temos um partido, ao qual eu sou filiado há mais de 20 anos, e me sinto no direito de fazer questionamentos e de pedir que se apresentem os caminhos do PSDB na eleição”, disse.