A Eletrobrás anunciou um novo plano de demissões que vai atingir 1.575 trabalhadores. O novo PDV (Plano de Demissão Voluntária) foi divulgado pela Eletrobrás na manhã desta segunda-feira (19) e faz parte do desmonte da empresa que acontece desde que foi privatizada por Bolsonaro, em junho de 2022, quando o Estado perdeu poder sobre a sua gestão.
Em ato pela reestatização da Eletrobrás ocorrido no início deste mês, o diretor da Associação dos Empregados de Furnas, Felipe Araújo, denunciou os desmandos do processo de privatização da empresa, que tirou poder do estado e deixou o caminho aberto para as demissões e precarização do trabalho dentro da Eletrobrás.
“O governo brasileiro tem a maioria das ações, quase 43%, no entanto, seu poder de voto é de apenas 10%. Com isso, mesmo que a posição do governo seja contrária a alguma medida da atual direção da Eletrobrás, pode perder. Isso ocorreu recentemente quando o governo Lula quis manter a representação dos trabalhadores no Conselho de Administração, mas foi voto vencido. É de responsabilidade do Conselho de Administração reorganizar e reestruturar a empresa, pode barrar demissões em massa, por exemplo, entre outras demandas”, disse Araújo.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), Paulo de Tarso, “depois de privatizarem a empresa, agora querem acabar e massacrar, destruir e quem sabe até provocar um apagão no sistema, com esse projeto descontrolado que estão tentando fazer com a Eletrobrás”, denunciou.