A Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgou, na última quinta-feira (21), um manifesto em defesa das eleições e da democracia, somando-se a diversas entidades de classe e organizações da sociedade civil que se mobilizam contra a tentativa de golpe que vem sendo ensaiada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Os petroleiros ressaltam que, desde 2018, Bolsonaro tem atacado o sistema eleitoral brasileiro, respeitado em todo o mundo e considerado um dos mais eficientes e seguros, com afirmações falsas de que houve fraude nas últimas eleições presidenciais que o elegeram. Para a FUP, “está em curso uma tentativa de golpe em nosso país”.
A entidade lembra que, “diante de embaixadores do mundo inteiro, no último dia 18 de julho, Bolsonaro bravateou, mais uma vez, suas teorias da conspiração sobre urnas eletrônicas e, mais uma vez, agrediu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF)”.
A FUP destaca ainda que, desde sua implementação, não há qualquer fato que coloque a credibilidade das urnas eletrônicas em xeque. Partidos políticos, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), universidades, deputados e senadores e, inclusive os militares, participam do processo, acompanhando a programação das urnas, a verificação de seu funcionamento e o passo a passo da sua distribuição e operacionalização nos dias de eleição.
“O plano de Jair e seu bando é à imagem e semelhança do que ocorreu com Marcelo Arruda – o petista e pai de família morto em sua festa de aniversário: um assassinato. O assassinato das eleições, da democracia brasileira, justamente no ano em que a nação comemora seus 200 anos de Independência”, diz o documento.
Os petroleiros defendem que, apesar de a história brasileira registrar episódios lamentáveis de autoritarismo e opressão, “a história brasileira também registra a força e a beleza da sobrevivência, da luta e da conquista, da vitória sobre a morte. Assim foram todas as revoltas e levantes contra a dominação, de Palmares a Tiradentes. Todas as greves, a conquista dos direitos, a superação da ditadura. A Petrobrás e a Eletrobrás. O SUS. Os direitos trabalhistas para as domésticas e a universidade para seus filhos e filhas”.
“Precisamos exercer e defender permanentemente nossos direitos civis, políticos e sociais. Defender a escolha pela vida, pelo debate, pelas opções”. “Assim, conclamamos a todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil; àqueles e àquelas que vivem do cultivo da terra, da operação das máquinas, da correria nas cidades; àqueles e àquelas que vivem de ensinar, de curar, de alimentar; todo mundo que escreve, que fala e que informa, a dizer: defendemos as eleições!”, convoca a FUP.
“Estaremos nas ruas e nas praças, nas igrejas e nas fábricas, na televisão e na internet, combatendo qualquer ameaça de golpe no Brasil! Em defesa da democracia, dos direitos, da soberania brasileira”, conclui o manifesto dos petroleiros.