A União Europeia assinou um documento em conjunto com a OMS através do qual se compromete a contribuir com 102 milhões de euros até 2022.
A assinatura se deu em Bruxelas, no dia 18. O diretor-geral da OMS saudou “o fortalecimento dessa parceria em torno do programa de Cobertura Universal de Saúde”.
Pela UE assinou Neven Mimica, comissário da União Europeia para a Cooperação e o Desenvolvimento. No ato, ele ressaltou que “esta iniciativa confirma o papel da União Europeia em apoio à saúde universal e coloca em prática e fortalece nossa parceria com a OMS”.
Além do apoio da UE, o diretor da Organização Mundial da Saúde, OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesu, recebeu em Genebra os ministros da Saúde da França e Alemanha no dia 25. Eles foram ao encontro do diretor-geral para informar de remessas de recursos e material à entidade por parte dos dois países.
A visita dos ministros, a primeira desde o início da pandemia, é uma reação à hostilidade de Trump à OMS, de quem cortou financiamento, acusou de má administração e também sugeriu “investigação” quanto a suposto alinhamento de seu dirigente com a China.
O ministro alemão informou que contribuirá com 500 milhões de euros (US$ 560 milhões), somando fundos e material. A França se comprometeu com 150 milhões de euros entre recursos e máscaras protetoras.
O ministro francês, Olivier Véran, destacou a decisão de apoiar “o funcionamento da OMS, pois representa uma estrutura multilateral global e uma ferramenta indispensável na luta contra a evolução de doenças”.
“Eu vim para reiterar a confiança da França na capacidade da OMS de lidar com os riscos emergentes à saúde e realizar esse trabalho de avaliação”, acrescentou.
Até o mês de maio, o governo norte-americano era o maior doador para a OMS, a quem entregou cerca de 350 milhões de euros no ano passado.
O diretor-geral deu mostras de que essa e outras contribuições esperadas da parte dos europeus ajudam à OMS a superar a crise que Trump torcia para impor à entidade.