No primeiro trimestre, 65 empresas nacionais passaram para as mãos do capital estrangeiro, segundo relatório de fusões e aquisições da KPMG, descrita pela consultoria como “cross border 1” (cb1), “Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no Brasil”. Um aumento em relação ao último trimestre de 2018, quando foram desnacionalizadas 54 empresas.
Com a economia do país no fundo poço, o capital estrangeiro aproveita-se para ocupar ainda mais a economia brasileira. Com isso, aumenta cada vez mais a remessa de lucro para o exterior, cujo resultado é a sangria de recursos da educação, saúde, transporte, entre outras áreas.
Os setores onde aumentou a desnacionalização no primeiro trimestre foram os seguintes: Companhias de internet; Tecnologia da informação; Mídia e Telecomunicações; Companhias de energia; Hospitais e clínicas de análises laboratoriais e Instituições financeiras.
Em termos geográficos, as regiões Sudeste e Sul do Brasil foram as que mais se destacaram, principalmente São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Contudo, como diz o corolário da lei de Murphy, nada é tão ruim que não pode piorar. Logo que assumiu a Presidência, Bolsonaro tratou de dar aval à entrega da Embraer para os americanos.
Assim, o governo Bolsonaro/Guedes acha que é pouco e quer ampliar a desnacionalização, inclusive com a venda de ativos de nossa principal empresa, a Petrobrás. Para o ministro da Economia, se vendia tudo: Banco do Brasil, Caixa Econômica, Eletrobrás, Correio, gasodutos, refinarias, Serpro, Dataprev, Casa da Moeda, etc….
A Transportadora Associada de Gás (TAG) – gasoduto da Petrobrás – chegou a ser vendida por US$ 8,5 bilhões ao grupo francês Engie e ao fundo de investimento canadense Caisse, mas foi suspensa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, que vetou também a venda de oito refinarias da Petrobrás, responsáveis pela metade (1,1 milhão de barris diários) do refino do país.
Banco do Brasil e Caixa já anunciaram que neste ano pretendem abrir capital de algumas das suas subsidiárias.
Para facilitar a entrega do patrimônio público, o governo Bolsonaro colocou privatistas na direção das estatais, como Roberto Castello Branco (Petrobrás), Pedro Guimarães (Caixa) e Rubem Novaes (BB).
VALDO ALBUQUERQUE
A matéria é boa, porém seria interessante e mais preciso, informar quais são as 65 empresas.
É verdade. Vamos aprimorar.
Todos os interesses é manter os estados unidos destruindo o pais
¨65 Empresas não vão pedir falência.
Não. Vão ser fechadas sem pedir falência.
As 65 empresas que a matéria se refere são públicas que foram vendidas a preço de banana acabando as reservas estratégicas do país. As que vão pedir falência com este governo estão na casa dos milhares e não dezenas.
Uma parte, sim, leitor. A maior desnacionalização foi a da TAG – a subsidiária de gasodutos da Petrobrás – para o grupo francês Engie e para o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ), pela bagatela de R$ 33,5 bilhões. O que significa que foi entregue uma rede de gasodutos de 4.500 km, que percorre o litoral das regiões Sudeste e Nordeste e mais um trecho na região Norte, de Urucu a Manaus (AM), com 12 instalações de compressão de gás e 91 pontos de entrega.
O preço foi, realmente, ridículo – v. AEPET, Avaliação da iniciativa de privatização da Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG).
Mas a desnacionalização também incluiu empresas privadas, até no setor financeiro – por exemplo, a Allianz, que é alemã, comprou o setor de seguros de automóveis e ramos elementares (habitacional, máquinas, transportes, rural e de responsabilidade civil profissional) da SulAmérica
Governo traidor maldito…
Há um problema nesta frase: “…com exceção da BAHIA, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, BAHIA e Santa Catarina”
Obrigado, leitora. Já corrigimos. Se achar outros erros, não se iniba. É disso que nós precisamos para melhorar.
E daí? Qual estatal é boa?
A matéria não é sobre isso, leitor. Estamos falando de empresas privadas que foram desnacionalizadas. Colocar seus preconceitos acima da verdade não é uma boa norma de vida. Pode vir um trem do outro lado do túnel.
O patriota dos patinhotas.
Em termos geográficos, as regiões Sudeste e Sul do Brasil foram as que mais se destacaram, com exceção da Bahia,…
Bahia não é sudeste, é NORDESTE.
Um erro hediondo, leitora. Obrigado por nos avisar. Já corrigimos.
Quais os nomes das empresas? Era de quem? Quem comprou? Desculpem mas isso é só ameaça de informar…
Não, leitor, não é. Exceto se você tiver algum dado que contrarie o relatório da KPMG – empresa insuspeita, quanto à transferência de empresas nacionais para o capital estrangeiro. Mas estamos de acordo em que a matéria seria enriquecida por dados a respeito das empresas. Pelo menos as principais. Vamos aprimorar.