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O embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, manifestou satisfação com as perspectivas da produção da vacina russa contra o Covid-19, a Sputnik V, em solo brasileiro.
Akopov elogiou as instalações da farmacêutica brasileira União Química, parceira brasileira para a produção, e acredita que o Brasil não vai precisar importar insumos para a produção do inoculante russo.
“Na América Latina, foi escolhido o Brasil como o país que tem condições físicas e instalações industriais adequadas não somente para engarrafar a vacina, mas produzir desde o começo até o final. Temos vários parceiros aqui no Brasil, vários governos estaduais declararam sua intenção de participar neste programa e foi encontrado um grande parceiro que é a empresa totalmente nacional, que é a União Química”, afirmou Akopov em entrevista à emissora BandNews na última segunda-feira (15).
O embaixador lembrou também da importância da cooperação entre todos os países para que a pandemia do novo coronavírus seja controlada o mais rápido possível.
“É absolutamente claro que se um país sozinho toma todas as medidas para imunizar a sua própria população, não vai poder vencer esse flagelo que é a Covid-19. Quanto mais ampla seja a vacinação no mundo é melhor porque só juntando os esforços de todos os países e todos os cientistas do mundo será possível vencer essa doença”, destacou Akopov.
O embaixador ressaltou que o Brasil tem toda a capacidade de produzir em massa a Sputnik V. Segundo ele, o Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya já repassou toda a tecnologia de produção para a União Química.
O laboratório brasileiro já confirmou que está desenvolvendo o insumo farmacêutico para a produção da Sputnik V em caráter experimental.
Akopov sugeriu ainda que o nome da vacina produzida em solo nacional deveria se chamar Sputnik VBR, “porque seria uma vacina totalmente brasileira, produzida aqui”.
A parceria do Instituto Gamaleya com o laboratório União Química prevê a disponibilização de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V ainda no primeiro trimestre deste ano. Além disso, o Fundo Soberano de Desenvolvimento Russo também mantém um acordo com o governo da Bahia para a venda de 50 milhões de doses do imunizante ao povo brasileiro.
ENTRAVE
Apesar do interesse russo no desenvolvimento da vacina e da urgente necessidade brasileira na aquisição de novos imunizantes, o governo Bolsonaro, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), insiste em criar barreiras para retardar a aquisição da Sputnik V.
No domingo (14), a agência anunciou que a vistoria na unidade da União Química que produzirá o imunizante apenas para os dias 8 e 12 de março.