Enfermeiros e técnicos de enfermagem do Rio de Janeiro iniciaram uma paralisação de 24 horas, nesta quarta-feira (14), em defesa do piso salarial da categoria, que foi suspenso em decisão liminar por Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além da paralisação, os profissionais estão promovendo uma série de manifestações e protestos que, segundo Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (SindEnfRJ), só vão parar com o pagamento do piso e a manutenção da lei, aprovada no Congresso Nacional em julho.
A decisão da greve de 24h foi tomada em assembleia da categoria, organizada pelo sindicato.
De acordo com o sindicato, o esquema da paralisação está funcionando com 30% dos profissionais trabalhando e 70% parados, que participam dos diversos atos e protestos. O primeiro ato aconteceu a partir das 7h, na porta do Hospital Quinta D’Or. Também ocorreram manifestações pela manhã nos hospitais do Fundão, no Salgado Filho e no Hospital Federal dos Servidores do Estado, entre outros locais.
O presidente do SindEnfRJ, Marco Schiavo, afirma que o argumento “dos patrões de que a norma não previu a fonte de custeio para os novos salários é inverídica”. Segundo ele, “todos os impactos financeiros da medida foram discutidos no Congresso e balizaram a aprovação, no mês passado, do projeto de lei”.
Caso a reivindicação dos enfermeiros não seja atendida, o Fórum Nacional da Enfermagem, que agrega entidades da categoria como a FNE (Federação Nacional dos Enfermeiros), planeja uma grande mobilização nacional, na próxima quarta-feira (21).
O STF tem até sexta-feira (16) para definir se mantém ou não a decisão. Até o momento, o placar marca cinco votos a três a favor da suspensão.
