O ex-ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, afirmou neste domingo (06), através de suas redes sociais, que a Operação Lava Jato foi um instrumento muito importante para o Brasil no combate à corrupção. “A Lava Jato trouxe esperança de que era possível combater a corrupção no Brasil”, disse o general.
Ele redigiu esta mensagem num momento em que a Lava Jato vem sendo esvaziada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que, em conluio com o Planalto, sabota como pode a atuação das forças-tarefas nos estados. Diante disso, o general acrescentou que “a percepção de enfraquecimento da Lava Jato é motivo de desilusão e decepção”.
No mesmo fim de semana ocorreram diversas manifestações em defesa da Lava Jato. Em 15 estados manifestantes saíram às ruas em carreatas para protestar contra as manobras da PGR e do Planalto contra as investigações de corrupção.
MORO FORTALECE DEFESA DA LAVA JATO
O ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, compartilhou nas redes sociais um vídeo de uma das manifestações em defesa da Lava Jato, ocorridas neste domingo. Ele agradeceu o apoio recebido dos manifestantes.
Para Moro, a intenção de opositores à força-tarefa é “dificultar a investigação e a punição dos crimes de corrupção para tentar que tudo volte a ser como antes, tendo a impunidade como regra”.
Em entrevista ao Correio Braziliense, também no domingo (06), Moro disse que Bolsonaro “deveria honrar as promessas de campanha, seria o correto a ser feito”. “Para isso, ele deveria, por exemplo, retomar a agenda anticorrupção. Isso demanda não só operações da Polícia Federal, mas também reformas legais que melhorem a estrutura de prevenção e de repressão”, acrescentou.
Sobre os ataques do procurador-geral da República, Augusto Aras, à operação, que a chamou de “lavajatismo”, Moro disse que “não existe ‘lavajatismo’”. “O que existe são servidores públicos que respeitam o salário pago com dinheiro público e tiveram o cuidado de fazer bem seu trabalho, levando os responsáveis por graves crimes de corrupção a serem punidos de acordo com o devido processo legal. O nome disso é respeito à lei e ao contribuinte”, assinalou.