ISO SENDACZ (*)
Quando sob a coordenação da cientista social Ana Maria Prestes, Raul Carrion explicou a que veio a Fundação Maurício Grabois há uma semana – “sem teoria não há prática revolucionária” -, renovamos a certeza de que é próprio da espécie produzir indivíduos de grande capacidade e, ao mesmo tempo, generosidade imensa para com todos os seus semelhantes.
A diferença de exatos 50 anos de idade entre Friedrich Engels e Vladimir Ulianov, o Lenin, permitiu a reunião de José Loguércio, Fábio Palácios e Madalena Guasco para avaliar e expor a obra de vida do hoje bicentenário alemão e do sesquicentenário russo.
Friedrich Engels cedo se ligou à classe operária, filho que era do dono da fábrica, e entendeu o seu papel na superação das relações de exploração do homem pelo seu semelhante.
Não foi pequeno o seu trabalho de organização das mais de 2.400 páginas de O Capital, a obra de Marx, sequenciando manuscritos desenvolvidos ao longo da vida de seu amigo – dois dos livros postumamente – e acrescentando apenas o que lhe pareceu imprescindível ao entendimento. Mas sua contribuição teórica e prática a seus contemporâneos e sucessores não se resumiu a isso.
Foi Engels que trouxe a utopia socialista à possibilidade concreta, científica, bem como formulou os conceitos do materialismo histórico e dialético e de Nação, família e propriedade, organização basilar à superação, pelo capitalismo, das relações feudais e, ao mesmo tempo, objeto de exploração de classe em nível internacional.
Mas não lhe faltou tempo nem energia, em um tempo de parcas comunicações a distância e mobilidade internacional, para dirigir a 2ª Internacional e levar o marxismo a partidos revolucionários, em diversos países da Europa.
Lenin, por sua vez, contou com as descobertas de Marx e Engels para estudar as contradições próprias do Império Russo – ao mesmo tempo absolutista e periférico dentre as nações do século 19.
Sua obra prática é bastante conhecida – a derrocada do czarismo, a revolução proletária em um país outrora atrasado e agrário e a adoção de políticas transicionais ao socialismo, sob controle operário. Mas igualmente destacam-se suas reflexões sobre os problemas do seu tempo, atuais pelo natural desenvolvimento das contradições das relações capitalistas já antevistas por Marx e Engels: o imperialismo, a fase superior do capitalismo, e o esquerdismo, a doença infantil do comunismo, além de tratar de diversas questões filosóficas.
Quem é mais jovem pôde aproveitar as realizações teóricas e práticas para levar, em 40 anos, a União Soviética do arado ao espaço, liquidando a agressão nazifascista no interregno; construir nações independentes sob a ameaça atômica da maior potência imperialista do pós guerra, como em Cuba, na Coreia e no Vietnam; e assumir a liderança econômica global nos tempos atuais, sob o controle do Estado chinês.
Com a elaboração teórica acumulada e as experiências já vividas, podemos fazer do Brasil uma Nação independente, desenvolvida e preparada, a seu modo, para construir o socialismo.
Assista na TV Grabois a aula magna na íntegra, um aprendizado que vale a pena aos que desejam um mundo melhor.
(*) Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, diretor do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central e do Instituto Cultural Israelita Brasileiro, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos. Ver mais posts
Lenine da Russia de 1917 , foi uma das maiores personalidades da Historia da Humanidade.
Era um lider que tinha amor pela classe trabalhadora e que idealizava um Mundo com
conquistas sociais para toda a humanidade. Merece sempre o respeito de toda a classe trabalhadora
mundial. Os povos e trabalhadores do mundo precisam derrotar o Capitalismo selvagem e promover
a paz mundial. Viva os ideais de Lenine da Russia e de Luis Carlos Prestes.