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“Não podemos tolerar manifestações que visam diminuir qualquer ser humano”, declarou em comunicado a Federação Israelita do Estado de São Paulo, em nota expedida assim que soube da agressão, cobrando do Colégio Visconde de Porto Seguro, de Valinhos uma “atitude enérgica” de sua diretoria
Um estudante negro de 15 anos foi colocado em um grupo de WhatsApp com outros estudantes da escola em que foram enviadas mensagens racistas com referências a ditadores como o nazista Adolf Hitler e o fascista italiano Benito Mussolini.
O grupo de WhatsApp foi denominado Fundação Antipetista. A mãe do estudante denuncia que, depois que ele foi adicionado e questionou as imagens, recebeu ataques e foi excluído.
“Quero que esses nordestinos morram de sede”, escreveu um dos membros do grupo no WhatsApp. Outra mensagem tinha figurinhas de suásticas, símbolo do nazismo.
Outro membro do grupo escreveu: “A Fundação dos Pro Reescravização do Nordeste”.
O estudante vítima do ataque encontrou mensagens no Instagram de um integrante do mesmo grupo se referindo a Hitler e à morte de judeus.
Junto com outros alunos, o estudante fez um protesto no interior da escola.
Em resposta às denúncias, a diretoria da escola expediu nota afirmando que repudia qualquer ato racista e que apura o caso “tomando as medidas cabíveis dentro do âmbito de nossa competência, de acordo com o regimento escolar”.
Em informação posterior, a diretoria da escola informou que oito alunos envolvidos com a agressão foram expulsos.
FEDERAÇÃO ISRAELITA REPÚDIA AGRESSÃO RACISTA E MANIFESTAÇÕES NAZISTAS
“Foram trazidas ao nosso conhecimento… [que] grupos de whatsapp de alunos do Colégio Visconde de Porto Seguro, unidade de Valinhos, atacaram um aluno com mensagens altamente racistas e utilizaram de discurso nazista… o que jamais pode ser admitido”, afirma comunicado de Federação Israelita do Estado de São Paulo, Fisesp, na quinta-feira, dia 3.
No seu comunicado, a Federação Israelita ressalta que “não podemos tolerar mais manifestações que visam diminuir um povo, uma raça, ou qualquer ser humano”, e acrescenta que é “fundamental aprofundarmos os estudos sobre estas questões para que tenhamos uma sociedade com mais respeito ao semelhante e justa”.
Dias antes a Confederação Israelita do Brasil, CONIB, expediu nota em repúdio a uma manifestação de cunho nazista em São Miguel do Oeste, Santa Catarina, quando um grupo bolsonarista se posicionou diante de um quartel e fez a saudação hitlerista com o braço direito estendido.
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