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O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que a eleição de outubro significará “um dos momentos mais importantes da história do Brasil” por dois motivos: para defender a democracia contra o golpe de Bolsonaro e melhorar a vida do povo que sofre com brutal carestia e empobrecimento recorde sob o atual governo.
“Nós estamos entrando nessa eleição para defender o direito de podermos nos manifestar, nos organizar, de poder votar”, declarou em reunião com mais de 100 moradores e lideranças comunitárias de Taipas-Jardim Líder, região noroeste da capital paulista, no domingo (31/7). “Então essa é a preocupação número um que nós temos ao participar desse processo”, disse Orlando.
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O deputado federal perguntou aos moradores e lideranças por que o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin se uniram após disputarem várias eleições contra o outro.
“Por que com todas as diferenças que eles têm, perceberam que tem um problema mais grave do que tudo, que é o risco de acabar com a democracia no Brasil. Então essa eleição, é a eleição que vai decidir se o Brasil vai continuar tendo democracia ou não”, respondeu.
“Isso é muito importante porque… para que serve democracia? A democracia é o modo que permite que a gente se organize. Quando tem ditadura, quando tem autoritarismo, não tem direito do morador se organizar em associação para fazer protesto. Não tem direito do trabalhador se juntar em sindicato para reivindicar os seus direitos. E não tem opinião que possa valer se não for opinião do governo. Isso é muito perigoso. Imagine uma sala de aula, professora (se dirigindo à professora Jerusa na platéia), você não ter liberdade de expressão para contar como foi a história do Brasil?”, explicou.
Orlando mostrou que o golpismo de Bolsonaro se expressa nos seus ataques contra as urnas eletrônicas. “É porque ele está sentindo o cheiro da derrota. E aí o que elê vai dizer? Vai [querer] virar a mesa”, disse o parlamentar.
“Todo mundo aqui já deve ter ouvido falar que o coisa ruim que hoje está em Brasília, na Presidência, vive criticando a urna eletrônica. Só que esse coisa ruim foi eleito sete vezes deputado federal na urna eletrônica. Ele elegeu os filhos dele 01, o 02 e o 03 na urna eletrônica. E o pior de tudo, ele foi eleito presidente da República na urna eletrônica”, frisou.
“Agora vem com esse papo de que urna eletrônica não está valendo mais”.
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Segundo Orlando, com a derrota, Bolsonaro vai querer apelar e criar tumulto, “igual ao que teve nos EUA, quando um sujeito perdeu a eleição e tentaram até invadir o congresso deles lá. Deu uma confusão, um quiproquó dos infernos lá. O amiguinho dele lá, que se chama Trump”.
Orlando ainda responsabilizou o atual governo pela aumento da carestia, do desemprego e da miséria no país.
“A segunda coisa é que está tudo muito difícil, já foi dito aqui por todo mundo. Eu sempre digo assim; ta tudo caro? A culpa é do Bolsonaro”.
“Porque o governo faz a chamada política econômica. É ele que tem os mecanismos , o governo pode até imprimir moeda, imprimir dinheiro se ele quiser”. “Então se está tudo caro, se o pacote de café está a 20 reais, se o leite está a 9 reais, é porque a orientação da política econômica do governo causa isso”, afirmou.
“Por que o gás de cozinha está tão caro? Por que a gasolina está tão cara? Porque eles inventaram que a Petrobrás, que é a maior empresa desse setor de combustíveis, ela pode mudar o preço [dos combustíveis] em função das mudanças do dólar. Quem aqui nessa sala recebe salário em dólar? Ninguém. Então se você não recebe salário em dólar, como é que uma empresa pública, que é do povo brasileiro, possa ter uma política de preços em dólar?”.
Para Orlando, isso se dá “porque o governo está de costas para o povo, não está interessado na situação do povo”. “Essa eleição é importante para a democracia? É. Mas também para que possamos melhorar a vida da nossa gente”. “Queremos ter um governo que olhe para o que as pessoas precisam”.
O deputado federal denunciou ainda que o governo “não tem mais política social de nada. O orçamento do Minha Casa Minha Vida foi praticamente zerado”.
“Por isso é muito importante a eleição de Lula e Alckmin para presidente e vice do Brasil”, enfatizou.
Ele também defendeu a importância do povo mudar o governo de São Paulo para obter conquistas no Estado e na capital. Ele citou que a “eleição em São Paulo é muito importante pelo Hospital Geral de Taipas (aplausos)”. “Em 2012 o debate aqui era se ia ou não fechar o Hospital Geral de Taipas. Não fechou, mas é preciso ter infraestrutura, gente, para o hospital de Taipas funcionar direito”.
Citou ainda a necessidade de concluir o Rodoanel “que está se arrastando por décadas”. “Por isso que nós precisamos que o [Fernando] Haddad entre [no governo]. Para fazer mais, para fazer melhor e trazer oportunidade para o nosso povo”.
Ao final do seu discurso, Orlando falou da importância de reeleger a cantora e compositora Leci Brandão deputada estadual. “Ela é muito dedicada”, disse.
LIDERANÇAS
Participaram da reunião na Associação de Moradores Jardim Líder inúmeras lideranças sindicais, comunitárias, estudantis e dirigentes nacionais, estaduais e municipais do PCdoB.
Entre elas, estavam o presidente do Distrital do PCdoB em Distrital Pirituba/Taipas/Lapa/Perus, Cristian Júlio de Barros; Valmir Santos, vice-presidente; Daniel Lino, secretário de organização; e os vice-presidentes do diretório municipal do partido: Lídia Correa, Pedro de Campos Pereira e Rozina Conceição de Jesus. Também marcou presença Carlos Alberto Pereira, da direção nacional do PCdoB.
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Além destes, Guilherme Lucas Paulo representou a União Municipal de Estudantes Secundaristas (UMES-SP); o presidente reeleito do Sindicato dos Empregados nos Correios de São Paulo (Sintect-SP), Diviza Brito; o líder comunitário Masanobu Aoki; Maria Pimentel, diretora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Ana Maria Rodrigues, da Confederação de Mulheres do Brasil (CMB); Carla Nascimento (Céu Paz), Vanessa Rodrigues (Cohab Taipas) e Regiane Alves Ferreira, as três pela União Brasileira de Mulheres (UMB); Sula Santos, da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro). Participaram, ainda, do evento Cleide Almeida e Alfredo Oliveira, do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), e a professora Jerusa dos Santos Lima.
“Vamos ter eleições agora e estas eleições vão abrir a possibilidade de darmos uma virada histórica na situação em que o Brasil está vivendo”, afirmou Carlos Pereira. A ex-vereadora Lídia Correa recepcionou Orlando destacando sua atuação na Câmara dos Deputados. “É uma alegria imensa recebê-lo aqui em nossa região”, disse Lídia.
Guilherme Lucas, da UMES, destacou que “o povo não consegue hoje ter o mínimo” para sobreviver com o atual governo. Mas assinalou que é o “povo é quem de fato não arreda o pé de defender a nossa educação, que inclusive está sendo muito atacada ultimamente, a nossa Ciência, e o povo brasileiro como um todo”. “Orlando Silva, a juventude está com você”, frisou, “temos de construir essa campanha, não só para derrubada de Bolsonaro, mas [também construir] o futuro do Brasil”.
O presidente do Sindicato dos Correios, Diviza Britto, iniciou seu pronunciamento comentando sua emoção ao ver o povo reunido depois de cerca de dois anos de pandemia e agradeceu a Deus pelo fato. “A situação que nós estamos passando no país, o desgoverno que nós estamos tendo hoje, a carestia que estamos tendo, só Deus para estar aqui”, disse. “Orlando, você nos representa, não só os trabalhadores, trabalhadoras, os pobres desse país”, falou o dirigente sindical.
Rozina Conceição, representando também a deputada Leci Brandão, destacou que o momento é de luta contra o bolsonarismo e reforçou a campanha contra carestia que castiga o povo brasileiro sob o atual governo.