O deputado federal, Alessandro Molon (PSB), comemorou o resultado da última pesquisa de intenções de voto ao Senado que apontou o seu nome na liderança na opinião dos eleitores no Estado. “Estamos em 1º lugar nas intenções de voto na pesquisa mais recente e seguiremos firmes e fortes, até a vitória!”, disse Molon.
A pesquisa para vaga no Senado representando o Rio de Janeiro divulgada nesta quarta-feira (27), pelo instituto Real Time Big Data e TV Record mostra o deputado à frente na disputa com 17% das intenções de voto, seguido pelo senador Romário (PL), com 16%, e o ex-prefeito carioca Marcelo Crivella (Republicanos), com 12%.
Como a margem de erro da pesquisa são de três pontos para mais ou para menos, os três configuram um empate técnico.
Além disso, o deputado federal Daniel Silveira (PTB), tem 9%, ainda empata com Crivella. Por sua vez, a outra opção da esquerda, o deputado estadual André Ceciliano (PT) tem 5%.
As posições de Molon e Ceciliano na pesquisa são decisivas pois as candidaturas deles o atual maior impasse para definir na aliança nacional entre PT e PSB, em torno da chapa presidencial com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).
O PT quer que seu candidato ao Senado, seja o candidato da aliança, já que o candidato ao governo do estado é Marcelo Freixo (PSB).
Apesar de boa entrada da Assembleia Legislativa do Rio, Ceciliano tem circulado em eventos de apoiadores de Claudio Castro principal oponente de Freixo na disputa eleitoral.
O lado apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) também tem suas divisões. A tendência é que Silveira tenha a candidatura negada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por conta da condenação no Supremo Tribunal Federal (STF). Em tese, Romário herdaria esses votos bolsonaristas, mas Crivella também busca identificação com o mesmo eleitor.
PSOL E REDE FORMALIZAM APOIO A MOLON E FREIXO
Na quinta-feira, a federação formada por Psol e Rede decidiu apoiar as candidaturas de Marcelo Freixo (PSB) para o governo do Estado do Rio de Janeiro e de Alessandro Molon (PSB) para o Senado, pelo Rio.
Antigo partido de Freixo, o Psol integra a aliança pela candidatura do deputado, que conta ainda com Rede, PT, PCdoB, PV, PSDB e Cidadania. Integrantes da Rede e do Psol já vinham se manifestando a favor da candidatura de Molon.
A deputada Talíria Petrone, presidente da federação Psol-Rede no Rio, afirmou que a decisão pelo apoio a Molon foi política e com objetivo de derrotar o bolsonarismo no Estado.
“Abrimos mão de candidaturas próprias em nome da unidade em torno dos candidatos com mais chances de derrotar o bolsonarismo. Nossa aposta no Molon é política. Ele, além de estar à frente nas pesquisas, não titubeia diante do governador Cláudio Castro, ex-vice do Witzel e aliado de Bolsonaro”, disse a deputada.
O pessebista também recebeu apoio de artistas e intelectuais.
Uma das críticas feitas ao candidato petista é a proximidade do governador Cláudio Castro, candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro no Estado.
PESQUISA QUALITATIVA
Em um estudo qualitativo divulgado pelo jornal O Globo, feito pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que analisa grupos menores de eleitores por meio de entrevistada, uma parcela expressiva conhecia Alessandro Molon (PSB).
Ao todo, 94% dos entrevistados disseram saber quem era o deputado e destacaram a sua atuação política em defesa do meio ambiente e dos direitos humanos.
Segundo o estudo, “ao responder sobre a candidatura de Molon ao Senado, 86% das pessoas se disseram favoráveis. Em grande parte, pelo histórico político do parlamentar e por sua imagem “idônea”, de alguém competente e preparado para o cargo”.
“Os pontos positivos para Molon são o engajamento com pautas populares e sociais, além do meio ambiente. Ele cobre um vasto público com a sua agenda. Os eleitores conservadores mantêm respeito e até certa admiração por Molon, pela sua ‘reputação ilibada’”, disse o cientista político João Feres, coordenador da pesquisa.
Os entrevistados disseram que, apesar de os deputados não terem tanto espaço no noticiário, Molon conseguiu se tornar conhecido
Já quando o analisado foi André Ceciliano, 86% dos participantes da pesquisa o conheciam, principalmente por sua atuação como presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj).
Apesar da popularidade, o mesmo percentual acredita que ele não seria um bom senador. Essa rejeição acontece pois o eleitorado tem uma “a percepção de sua imagem política como volátil e interesseira, a memória relacionada a investigação sobre movimentações financeiras atípicas em seu gabinete, e a filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT)”, diz o estudo.
GOVERNO DO ESTADO
A pesquisa RealTime Big Data também analisou as intenções de voto para o governo do Rio de Janeiro. Ela mostra o atual governador Cláudio Castro (PL) com 31%, seguido pelo deputado federal Marcelo Freixo (PSB), com 24%.
Na sequência, aparece o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT), com 9%. Paulo Ganime (Novo), Cyro Garcia (PSTU) e Emir Larangeira (PMB) têm 1%. Eduardo Serra (PCB) não pontuou.
Os que pretendem votar nulo ou em branco somam 14%. Não sabem ou não responderam representam 19%.
A pesquisa também simulou outro cenário de primeiro turno, incluindo Felipe Santa Cruz (PSD) – que desistiu da candidatura para ser vice na chapa de Rodrigo Neves -, e três de segundo turno.
Na disputa entre Castro e Freixo no segundo turno, o atual governador tem 40% das intenções de voto contra 31% do deputado do PSB. Votos brancos e nulos somam 21%, e 8% disseram não saber ou não responderam.
O levantamento ouviu 1.500 pessoas por telefone entre 25 e 26 de julho. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança, de 95%.