As mortes relacionadas à COVID-19 entre adultos uruguaios de 18 a 70 anos completamente imunizados com a vacina CoronaVac da farmacêutica chinesa Sinovac caíram 97%, de acordo com os resultados preliminares de um estudo realizado pelo Ministério de Saúde Pública do Uruguai.
“A redução da mortalidade de Covid-19, decorridos mais de 14 dias desde a última dose da vacina, é de 97% para a Coronavac e 80% para a Pfizer”, aponta o ‘Estudo de eficácia da vacinação contra SARS-CoV-2 no Uruguai em 2021’, publicado pelo Ministério.
Internações em unidades de terapia intensiva após a imunização com a vacina chinesa também diminuíram mais de 95% e os casos de infecção caíram 57%, informou o relatório.
O relatório indica que, do número total de 712.716 pessoas totalmente imunizadas com a Coronavac em 25 de maio, 5.360 testaram positivo para coronavírus. Dessas pessoas, 19 precisaram de internação em UTI e 6 faleceram. Ou seja, enquanto que entre os uruguaios não vacinados há 1,05 falecimentos para cada 100 mil, entre os vacinados pelo imunizante chinês, há 0,04 mortes por 100 mil.
O estudo esclarece que “esses números são preliminares e devem ser interpretados com cautela, pois não levam em consideração a idade das pessoas, suas comorbidades e grupos de alta exposição (funcionários da saúde). Esses ajustes estatísticos serão comunicados em relatórios futuros. Fica demonstrado que a vacinação é uma ferramenta fundamental para conter o avanço e as consequências da pandemia”.
O Uruguai, que tem 3,5 milhões de habitantes e que nunca recorreu ao confinamento e mantém grande parte de suas atividades abertas, vive um momento ruim da crise sanitária. O governo do presidente Luis Lacalle Pou, apesar da política sem regras na pandemia, fortalece a vacinação, que vem progredindo intensamente desde o seu início, em 1º de março. Atualmente, 47% da população já recebeu a primeira dose da vacina e 28% a segunda.
Até esta terça-feira (1º de junho) o Uruguai apresenta 294.503 casos de infecção e 4.276 mortos por Covid (dados da Universidade Johns Hopkins).
