“EUA é o principal instigador e força motriz da crise ucraniana, eles estão continuamente fornecendo armas pesadas e ofensivas à Ucrânia, prolongando e intensificando o conflito”, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, nesta segunda-feira (30), expressando a posição de Pequim sobre a questão.
Ela observou que, se os Estados Unidos quisessem que a crise acabasse mais rápido e “se realmente se preocupam com a segurança do povo ucraniano, deveriam parar de enviar armas e visar os lucros com a guerra”.
“É necessário contribuir de forma responsável para a mais rápida desescalada e criar circunstâncias e condições favoráveis para as negociações de paz pelas partes envolvidas”, sublinhou Mao Ning.
Desde o início dos conflitos e a indiscriminada campanha de sanções contra Moscou, a China expressou repetidamente seu apoio a uma resolução pacífica do conflito.
EUA JOGA LENHA NA FOGUEIRA
“O nosso governo está constantemente fazendo todos os esforços possíveis para facilitar a resolução pacífica da crise ucraniana assim como da questão da Península Coreana, e para manter conversações relevantes”, enfatizou a diplomata ao comentar sobre a próxima visita a Pequim do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.
Acrescentou que “alguém que joga lenha na fogueira e acusa os outros assume uma postura imoral e irresponsável”, e que o seu país se opõe a que os Estados Unidos realizem exercícios militares conjuntos com as Forças Armadas da República da Coreia perto da fronteira com a China, o que agravaria as contradições. A postura e a estratégia de Pequim nessas questões “são baseadas em fatos e experiências históricas”, acrescentou.
“Esperamos que EUA tome medidas para se aproximar da China, busque o diálogo em vez do confronto, a cooperação mutuamente benéfica em vez do antagonismo”, enfatizou Mao Ning.
Antony Blinken deve visitar a China em 5-6 de fevereiro e se reunir com o ministro das Relações Internacionais da China, Qin Gang. A informação foi confirmada por seu Ministério.
