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Desde a primeira medalha dos Jogos Olímpicos de Tóquio, quando Qian Yang venceu a prova de carabina a 10 metros do tiro esportivo, a China liderou o placar olímpico mundial.
No último dia, os Estados Unidos assumiu a liderança, na última modalidade disputada. Entretanto, a competição que foi dominada pela China, teve uma contagem de medalhas diferente para os estadunidenses.
Os EUA conquistaram 39 medalhas de ouro, 41 de prata e 33 de bronze, uma queda em comparação com o desempenho nos Jogos do Rio, em 2016, quando conquistaram 46 ouros e 121 medalhas no total.
Em segundo lugar, a China ficou com 38 medalhas de ouro, 32 de prata e 18 de bronze, totalizando 88 medalhas. Anfitrião dos Jogos, o Japão, fechou o top 3 do quadro de medalhas de Tóquio com 58 conquistas, 27 de ouros – com destaque para o judô, com 9 vitórias –, 14 de prata e 17 de bronze.
Veículos de imprensa norte-americanos tentaram ocultar o sucesso chinês nos Jogos, colocando os EUA na primeira colocação do ranking durante toda a competição.
O critério dos meios de comunicação estadunidenses tomava a classificação pelo total de medalhas conquistadas e não pela quantidade de ouros, diferindo do resto do mundo, inclusive do Comitê Olímpico, que deu a China em primeiro com mais ouros ao longo das Olimpíadas.
O modelo começou a vigorar nos Estados Unidos em 2008. Jornais como “NY Times”, “Washington Post”, “Fox News” e “Yahoo!”, e emissoras que exibem a competição no país, como a NBC, adotaram o quadro diferente nos Jogos de Pequim, quando a China assumiu a liderança na quantidade de medalhas de ouro e os Estados Unidos seguiram sendo hegemônicos quanto ao número de pódios.
Essa escolha gerou críticas generalizadas nas redes sociais, até mesmo de alguns torcedores dos EUA. O site News.com, da Austrália, acusou os EUA de “manipular” a contagem de medalhas.
“Muitas das principais publicações dos Estados Unidos criaram sua própria maneira de classificar os países do mundo”, dizia artigo do site. “E, surpresa, isso significa que uma certa nação acaba no topo da lista.”
Em Londres, 2012, e Rio de Janeiro, 2016, os EUA terminaram na ponta em ambos os critérios, total de pódios e medalhas douradas, mas o novo critério seguiu prevalecendo na mídia local.
Embora a Carta Olímpica do Comitê Olímpico Internacional vede um ranking de medalhas de países, o site oficial de Tóquio 2020 possuía uma contagem de medalhas olímpicas diferente, onde apontava a China em primeiro lugar, os Estados Unidos em segundo e o Japão em terceiro durante a maior parte da competição.
Pode ser visto ainda que o ranking é ordenado pelo ouro, como é tradicionalmente feito, mas ainda existe, na ponta, uma coluna em que indica a posição de cada país a partir do total de medalhas.