Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-jogador de futebol Fabrício Manini, de 42 anos, que atuou pelo Ceará e o Fortaleza, se revoltou com o segundo turno das eleições e pediu aos eleitores de Bolsonaro que passem com o carro por cima dos pobres, a que chamou de vermes.
“Depois do resultado do primeiro turno das eleições, espero que todos eleitores do Bolsonaro, assim como eu, quando encontrar alguém passando fome ou pedindo algum alimento, não ajude. Passe com o carro por cima da cabeça pro País não ter mais despesas com esses vermes”, publicou em sua conta no Instagram.
A declaração de ódio do ex-atleta gerou forte repercussão negativa, o que o fez pedir desculpas, torando em seguida sua conta na rede social privada – só os amigos têm acesso. No curto e – forçado – pedido de desculpas, ele disse: “Pessoal me expressei mal, peço desculpas, momento de raiva, cada um tem direito de escolher seu candidato, vida que segue”.
O padre Júlio Lancelotti denunciou a postagem de Manini: “o que postou um cristão após o primeiro turno”. Isso porque, na rede social, continuou o padre, o ex-atleta também escrevia o trecho bíblico “o Senhor é meu pastor e nada me faltará”. A denúncia de Lancelotti foi excluída pelo Instagram, mas ele divulgou mais uma vez.
“O Instagram apagou e eu coloquei outra vez. Como é uma mensagem de ódio, fazem denúncia, mas tinham que denunciar quem publica isso. É terrível, né? Ele é um ex-jogador de futebol”, ressaltou o padre.
Os comentários na publicação de Lancelotti chamam atenção para outras postagens extremistas que têm surgido nas redes sociais por motivações políticas. Em uma delas, o internauta escreveu “eleitor do Lula tem mais é que morrer de fome mesmo”.
Revelado pelo Gama, do Distrito Federal, em 2008, o zagueiro teve uma carreira breve e de pouco destaque, que foi encerrada em 2015, quando defendia o Botafogo-PB, segundo o portal transfermarket. De acordo com o site, Fabricio ainda atuou pelo América-RN, Oeste e Guarany-CE.
