A Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal) divulgou nota, no último dia 5, em que se soma ao clamor de diversas entidades representativas dos trabalhadores pela “queda imediata das taxas de juros” pelo Banco Central (BC).
Na nota, a Federação também critica a proposta de arcabouço fiscal apresentada pelo ministro da Economia, Fernando Haddad. “O Brasil é o país com os juros reais mais altos do Planeta. Com uma taxa básica (Selic) elevada – que se mantém em 13,75% –, podemos transferir até R$ 800 bilhões para especuladores em 2023. O repasse, no ano passado, foi de R$ 500 bilhões”, denuncia a entidade.
Conforme a nota, “com essa política, o presidente do BC sabota o crescimento e desenvolvimento do País, paralisando a produção, levando à falência milhares de micro, pequenas e médias empresas nacionais, destruindo ainda mais o parque industrial nacional e, com isso, aumentando exponencialmente o desemprego – e por consequência a fome e a miséria”.
A entidade afirma que “após a grande vitória contra o fascismo liderada pela Frente Ampla nas eleições presidenciais de 2022, coloca-se na ordem do dia a necessidade da reconstrução do País”, em uma economia destruída e dilacerada “por um governo entreguista, fascista e corrupto”.
Na nota, a federação denuncia ainda a perda de direitos dos trabalhadores, o asfixiamento das entidades sindicais e a “política econômica desastrosa, que levou o País à beira da falência” nos últimos quatro anos.
“O Brasil sob o governo Jair Bolsonaro (PL) vendeu a preço de banana refinarias, fatiou a Petrobras para depois privatizá-la e estava preparando a entrega de várias outras empresas estatais. O Banco Central se tornou “independente” e o governo indicou para sua presidência um preposto dos bancos e do capital financeiro internacional”, afirma a entidade.
Ao lembrar que o “aplauso do mercado” ao arcabouço fiscal apresentado pelo ministro da Economia mostra que a proposta “agrada mais o setor financeiro do que o povo e a nação brasileira”, a Fitmetal afirma que “é preciso acabar com a ditadura fiscal nos imposta pelo ‘mercado’ através do capacho presidente do Banco Central”, e que “a questão central agora é a luta por uma política de crescimento da economia e geração de emprego”.
