De fritador de hambúrguer a entregador de pendrives: Eduardo Bolsonaro conta outra para enganar bolsonaristas
Flagrado curtindo o jogo da Seleção brasileira no Qatar, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) gravou um vídeo dizendo que foi até lá para entregar, via pendrives, “vídeos em inglês explicando a situação do Brasil”.
Eduardo Bolsonaro e sua esposa Heloisa não tinham mencionado a viagem para a Copa do Mundo, foram escondidos, mas apareceram sem querer na transmissão oficial da Fifa tirando fotos com pessoas e curtindo o evento internacional.
O filho de Bolsonaro foi muito criticado pelos apoiadores do governo que hoje pedem golpe contra as instituições, em acampamentos na frente dos quartéis das Forças Armadas. Enquanto ele está de férias.
Em resposta, Eduardo Bolsonaro mostrou um punhado de pendrives e disse que “aqui tem vídeos em inglês explicando a situação do Brasil”.
“Eu espero que você não creia que aqui no Qatar só se fale em Copa do Mundo. Só lembrar para você que a FIFA tem mais membros que as próprias Nações Unidas. A imprensa inteira está aqui”, continuou, sem ficar corado.
Eduardo Bolsonaro não explicou porque levou pendrives e não usou métodos mais seguros, rápidos e menos custosos para transferir os arquivos, como um email. Ou usando sua redes sociais.
E também não falou como que vídeos entregues a representantes internacionais que estão no Qatar para a Copa do Mundo poderá ajudar seu pai a dar um golpe.
“A esquerda não está preocupada com a sua segurança e nem com a economia. Então porque que você vai cerrar fileira com esses caras?”, prosseguiu recriminando os bolsonaristas que o criticam.
“Será que você não consegue imaginar um pouquinho do que está por trás disso? Será que você não consegue perceber a importância da comunicação internacional? Será que a gente vai ter que perder um dos pouquíssimos acessos que nós temos? Pensa um pouquinho sobre isso antes de bater palma porque eu apareci no Jornal Nacional, beleza?”, disse o deputado incomodado depois do flagra.
Eduardo ainda disse que a “esquerda” está buscando “criminalizar quem fale algumas verdades” para “voltar às tetas da Lei Rouanet”.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) ironizou: “só vou acreditar no bananinha se ele apresentar um pendrive impresso e auditável”.
“Bananinha” é um termo que foi usado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, para se referir certa vez ao filho de Bolsonaro.
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