A central Força Sindical repudiou, em nota, a tentativa das empresas metalúrgicas da Grande Curitiba de coibir e ameaçar o movimento grevista dos trabalhadores, iniciado no dia 10 de setembro, que tentam negociar a data-base da Campanha Salarial do Setor de Máquinas e Metalurgia.
As empresas OMECO, OREGON, TRUTZCHLER e INDUMEC têm se negado a negociar com os trabalhadores e o movimento, liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos, presidido por Sérgio Butka, continua crescendo.
O sindicato denuncia a presença de viaturas da Polícia Militar nas portas das indústrias para intimidar os trabalhadores. Além disso, o sindicato também afirma que os metalúrgicos têm sofrido assédio moral dentro das fábricas, com “pressão da direção das empresas para não se sindicalizarem, evitarem os dirigentes sindicais e uma série de demais práticas antissindicais promovidas pelo patrão para tentar esfriar a união e mobilização dos trabalhadores”.
Na nota de repúdio, o presidente da Força Sindical, e da CNTM-Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, afirma que “nós, da Força Sindical e da CNTM, apoiamos as greves e a mobilização dos metalúrgicos da Grande Curitiba e estamos à disposição para ajudar no que for possível para fortalecer a luta contra a pressão policial acionada pelas empresas e garantir uma vitória exemplar nesta importante data-base para toda a classe trabalhadora brasileira”.
“Exigimos que as empresas respeitem as justas reivindicações, deixem de lado estas velhas táticas repressoras e autoritárias e aceitem negociar abertamente com o SMC”, prossegue a nota.
Segundo o sindicato, mesmo com toda a pressão e ameaças, os trabalhadores continuam mobilizados e a greve continua até a nova assembleia, marcada para acontecer nesta sexta-feira (17), quando os metalúrgicos vão decidir os rumos do movimento.
O sindicato informa também que, por conta da mobilização, os trabalhadores da Omeco, que estão em greve desde o final de agosto, conseguiram conquistar um acordo direto da empresa com o SMC, que garante a data base, a PLR e o emprego.“Os trabalhadores da Omeco, localizada na Cidade Industrial de Curitiba, deram um grande exemplo de mobilização, união e perseverança. Após 2 anos de enrolação do sindicato patronal, com a empresa se negando a negociar com o Sindicato, o copo transbordou e os metalúrgicos de Omeco conquistaram o acordo”, diz o sindicato.
Isso é uma vergonha para nosso estado,o trabalhador sendo coagido pelo capital,polícias em vez de cuidar da comunidade está agredindo trabalhadores.