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As manifestações golpistas do último final de semana, convocadas por apoiadores de Jair Bolsonaro como um “ultimato” contra a democracia, foram mais um fracasso e mostraram o isolamento dos que defendem um golpe.
A convocação feita pelas redes sociais prometia um “novo 7 de setembro” em Brasília para um “último sacrifício” por Jair Bolsonaro. “Será tudo ou nada!”, dizia uma mensagem que circulou nos grupos bolsonaristas.
Os bolsonaristas estão desde o dia 30 de outubro bloqueando estradas e acampando em frente a quartéis do Exército pedindo a anulação da eleição presidencial, da qual Lula saiu vitorioso por uma vantagem de dois milhões de votos sobre Bolsonaro.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, um grupo de bolsonaristas – muito menor do que aquele que foi às ruas no dia 7 de setembro de 2020 – pede que as Forças Armadas cumpram “a sua missão”. “O povo está dando autorização”, dizia o público em coro.
Apesar da falta de público, o ato antidemocrático contou com estrutura reforçada. Eles tinham tendas onde ocorriam pinturas no rosto e cortes de cabelo e também houve distribuição de churrasco.
Os acampamentos em frente a quartéis do Exército têm banheiros químicos, containers, carne gratuita e grandes tendas.
Os atos estão sendo financiados por empresários bolsonaristas, como o fazendeiro Didi Pimenta, que gravou um vídeo admitindo que deu dinheiro para levar oito ônibus para os atos em Brasília, e outras empresas e pessoas físicas que tiveram suas contas bloqueadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Esses movimentos golpistas alegam que as eleições foram fraudadas, apesar das Forças Armadas, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Tribunal de Contas da União (TCU), que fiscalizaram o pleito, não terem registrado nenhum indício que aponte nesse sentido.
No domingo (18), a forte chuva que atingiu Brasília fez com que quatro golpistas que estavam em uma tenda fossem atingidos por um raio. Uma mulher de 45 anos teve que ser atendida pelo Corpo de Bombeiros e levada para o Hospital de Base de Brasília.
Durante a semana, os bolsonaristas que estão na capital entraram em conflito com a polícia e foram dispersados com spray de pimenta e gás lacrimogêneo. Em um vídeo, é possível ver um policial chamando um golpista de “patriotário” e falando para ele sair do local.