O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC), filho de Jair Bolsonaro, assim como o irmão Flávio, também alimentava um esquema de “fantasmas” em seu gabinete na Câmara de Vereadores. Ele bem que tentou queimar as provas no início do ano, mas não deu tempo.
Ele empregava na assessoria de seu gabinete Nadir Barbosa Goes, de 70 anos. Ela constava na folha de pagamento de seu gabinete até o início deste ano com um salário mensal de R$ 3.461.
Até aí, aparentemente, nada de anormal.
Só que, ao ser procurada pela imprensa, Nadir Barbosa revelou ao jornal Folha de S. Paulo que nunca trabalhou com o parlamentar.
Perguntada qual atividade desempenhava no gabinete do bolsonarista para justificar o salário recebido, ela não quis responder, disse apenas o seguinte: “fala com o vereador que eu não sei de nada, viu”.
Nadir foi entrevistada em Magé, onde mora, que fica a 50 km do Rio de Janeiro.
Jorge Luiz Fernandes, chefe de gabinete de Carlos, inventou uma narrativa de que ela Nadir era responsável, junto com outros funcionários, pela distribuição de mala direta do vereador em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, que fica a 130 km de Magé.
Uma sobrinha afirmou que Nadir mora há cerca de dez anos em Magé e que não costuma ir à capital.
Nadir Barbosa é irmã do militar Edir Barbosa Góes, de 71 anos, que ainda consta como assessor do vereador, com um salário de R$ 7.386.
A mulher de Edir, Neula de Carvalho Góes, de 66 anos, também constava da lista de funcionários de Carlos Bolsonaro. Ela foi demitida às pressas, junto com mais oito, no início do ano.
Acho que nem a bioética tem explicação para isso. Estamos na iminência de uma hecatombe social.