Em abril, o preço médio da gasolina no país fechou em R$ 7,524 o litro, o maior preço já registrado pela pesquisa da empresa ValeCard, iniciada em 2019.
Na comparação com março, quando a média nacional era de R$ 7,288, o valor subiu 3,24%. Já nos últimos 12 meses, a alta foi de 31,14%. O levantamento tem como base as transações realizadas entre os dias 1º e 28 de abril pelo cartão de abastecimento da ValeCard, em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados.
As maiores altas nos preços da gasolina foram registradas no Distrito Federal (5,05%), Piauí (5,03%) e Paraná (4,16%). Já as menores altas foram localizadas no Rio Grande do Norte (1,81%), Acre (2,03%) e Rio Grande do Sul (2,51%). Apenas a Bahia (-2,26%) registrou queda no valor do combustível no mês de abril.
Entre as capitais, o valor médio do combustível foi de R$ 7,494, o que representa um aumento de 0,44% em relação ao mês anterior. Entre os preços mais altos, estão: Teresina (R$ 8,254), Rio de Janeiro (R$ 7,781) e Aracajú (R$ 7,779). Já os menores valores médios foram encontrados em Porto Alegre (R$ 6,791), Cuiabá (R$ 6,969) e Macapá (R$ 7,013).
Dolarizados, os preços dos combustíveis estão tendo um papel fundamental para a disparada da inflação no Brasil. Segundo dados do IBGE, divulgados nesta semana (27), a gasolina respondeu sozinha por mais de um quarto (27,7%) da alta de 1,73%, em abril, do IPCA-15, que é considerado uma prévia da inflação oficial do país. Essa é a maior taxa do índice para o mês de abril dos últimos 27 anos. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 12,03%.
O resultado reflete o impacto do mega aumento de 18,8% no preço médio da gasolina, pela Petrobrás, com o aval do governo, em 11 de março deste ano. Além disso, o preço do diesel foi reajustado em 24,9% para as distribuidoras. De acordo com o IBGE, a gasolina acumula alta de 30,12%, em 12 meses até abril. Já a alta do diesel chega a 52,53%.
De acordo com a sondagem da ValeCard ainda, o preço médio do etanol no país em abril foi de R$ 5,229 – sendo mais vantajoso em comparação com a gasolina apenas no Estado de Goiás, onde a média mensal ficou em R$ 5,224, enquanto a gasolina atingiu R$ 7,545. O critério considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, deve ter um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.