“Nestes 200 dias são 505 bombas por dia, 21 por hora e valas comuns em hospitais”, condenou Clare Daly, do Parlamento Europeu, ressaltando que a União Europeia “hasteou a bandeira do opressor”
“O que foi visto não pode ser apagado e agora o mundo pode ver exatamente quais são os verdadeiros valores europeus. São 200 dias de Israel eliminando sistematicamente a Faixa de Gaza da face da Terra”, afirmou a deputada irlandesa Clare Daly, em contundente pronunciamento no Parlamento Europeu.
Conforme Daly, desde que as tropas israelenses começaram o genocídio [em outubro de 2023], “aumentaram o fluxo de armas para Israel em dez vezes”, que é o que sustenta as “505 bombas por dia e 21 por hora, os médicos executados, as valas coletivas em hospitais e os jornalistas assassinados”. “Armas para massacrar palestinos”, assinalou.
O governo de Netanyahu amplia o indiscriminado bombardeio, que é mantido “o tempo todo com não somente o silêncio, mas a cumplicidade ativa da União Europeia”. Para isso, acusam irresponsavelmente, “apesar de não haver qualquer evidência, qualquer delito ou pessoa da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA)”.
A denúncia contra a UNRWA não dispõe de nenhuma sustentação, reiterou Clare Daly, e é feita justamente pela “União Europeia, que hasteou a bandeira do opressor desde o primeiro dia”, sustentada por “países que dinamitaram o financiamento para a população palestina faminta”. Portanto, frisou a parlamentar, “nos poupe de sua falsa preocupação e suas lágrimas de crocodilo”, lembrando que o banho de sangue contra os palestinos “não pode ter ocorrido sem a sua cumplicidade” e “continua agora por causa dela”.
O que ficou expresso pela UE, relembrou a deputada, “são os mesmos valores europeus de sempre: assassinato e colonialismo”. “Vocês nunca serão perdoados”, concluiu.
