“Não se pode jogar com a vida, fazer dela objeto de meros discursos em busca de isenção. O Brasil merece e exige respeito”, dizem em nota
Os nove governadores do Nordeste emitiram nota oficial, na sexta-feira (9), em que repudiam o surto de Bolsonaro contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, porque este determinou a instauração imediata da CPI da Covid-19 no Senado.
“É absolutamente inaceitável ver o nosso país enfrentar uma crise tão profunda, que tem provocado tantas perdas, em meio à insana tentativa de criar falsas guerras, sem argumentos, apenas falácias e acusações vazias, além de destemperadas”, dizem os governadores na nota.
Leia nota na íntegra:
NOTA OFICIAL
Nós, governadores do Nordeste, vítimas recorrentes de ataques injustificáveis promovidos pelo Presidente da República, vimos tornar público o nosso repúdio à sua mais nova agressão, que agora escolhe também o Ministro Luís Roberto Barroso e o Supremo Tribunal Federal como alvos da sua postura virulenta e destrutiva.
É absolutamente inaceitável ver o nosso país enfrentar uma crise tão profunda, que tem provocado tantas perdas, em meio à insana tentativa de criar falsas guerras, sem argumentos, apenas falácias e acusações vazias, além de destemperadas.
A nossa luta é pela vida e a superação de um quadro gravíssimo, que vem se transformando em tragédia. Não pode existir outro foco que não seja a união de esforços em torno de soluções.
O país precisa de uma ação coordenada e solidária, não de omissões e desorientações.
O Brasil precisa dos cuidados, da ciência, da orientação correta, da vacina. Infelizmente, enquanto lutamos para imunizar as pessoas, não estamos imunes ao descontrole e à inação de quem lidera o governo federal, diariamente fomentando e acentuando novas crises, sem foco na principal: a pandemia.
Não se pode jogar com a vida, fazer dela objeto de meros discursos em busca de isenção.
O Brasil merece e exige respeito.
Nordeste do Brasil, 09 de abril de 2021.
Wellington Dias (PI)
Renan Filho (AL)
Rui Costa (BA)
Camilo Santana (CE)
Flávio Dino (MA)
João Azevedo (PB)
Paulo Câmara (PE)
Fátima Bezerra (RN)
Belivaldo Chagas (SE)