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Em reunião nesta sexta-feira (10), o governo federal e entidades dos servidores públicos fecharam um acordo de reajuste salarial do funcionalismo para 2023. A proposta prevê 9% de reposição a partir de maio e será agora encaminhada às assembleias das entidades.
No início do encontro, a proposta apresentada pelo Secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público, Sérgio Mendonça, foi menor: 8,4% de reajuste. O índice foi imediatamente repudiado pelas entidades sindicais presentes no encontro, que chegaram a se retirar da mesa de negociação. Com o protesto, o governo elevou a proposta para os 9%.
Para o presidente do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, os servidores pressionaram até o limite para a recomposição salarial. “Entendemos que fizemos o possível, estendemos a corda até o limite. Agora fica com a base a deliberação para aprovar ou não os 9% que foram apresentados pelo governo”, afirmou.
As negociações com os servidores iniciaram em fevereiro, quando o governo propôs reajuste de 7,8%. Em contraproposta, os servidores reivindicaram 13,5%. As entidades ressaltam que algumas categorias do funcionalismo estão com a remuneração congelada desde de 2017. Carreiras de Estado, como policiais e diplomatas, tiveram o último reajuste em 2019.
“Reconhecemos o esforço do governo, mas saímos da reunião frustrados, uma vez que a proposta está distante do que foi reivindicado pelos servidores. Levando em consideração a proposta apresentada em fevereiro, não tivemos nenhum avanço considerável”, afirmou o professor Lúcio Vieira, secretário da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes).
A proposta, que também inclui um aumento de R$ 200 no auxílio-alimentação, será encaminhada formalmente na próxima segunda-feira (13/3).