Presidente comunicou ao país que evistas armados ocuparam três quartéis e fizeram militares, familiares e pessoal de saúde como reféns
O presidente boliviano, Luis Arce, em declaração ao povo boliviano, relatou que grupos armados que têm afinidade com Evo Morales tomaram de assalto três unidades militares nas regiões de Chapare e Cochabamba.
Nesta agressão fizeram reféns militares, familiares e profissionais de saúde.
Segundo informa a Agência Boliviana de Informação (ABI), as unidades são o Regimento Cacique Juan Marazón onde tomaram conta também de armamento e munição no depósito do regimento. Também foi invadido o Regimento de Infantaria Coronel Epifanio Rios, localizado em Cochabamba e por último uma base naval fluvial em Porto Villarroel.
Arce aponta que “a tomada de uma instalação militar por grupos irregulares é, em qualquer parte do mundo, um delito de traição à pátria. Trata-se de um ato criminoso que está distante de qualquer reivindicação social do movimento indígena camponês”.
“É afronta não só às Forças Armadas, mas à Constituição Política do Estado e ao próprio povo boliviano, que rechaça de maneira contundente os bloqueios criminosos, assim como ações delinquentes”, acrescentou o presidente boliviano referindo-se aos bloqueios de estradas espalhados pelo país que já acontecem há 19 dias.
Arce acrescenta que estes grupos que atacaram os quartéis realizaram uma “ruptura da ordem pública legalmente constituída e de nossa democracia, com o único objetivo de encurtar nosso mandato, impor uma candidatura inconstitucional e lograr a impunidade em processos judiciais”.
O presidente boliviano destacou que fará uso de suas atribuições constitucionais para cuidar da paz para o povo. “Continuaremos levando adiante ações orientadas a reestabelecer a ordem pública, cuidando da vida dos cidadãos, a paz social, assim como o direito do povo ao livre trânsito, ao acesso a combustíveis, alimentos e medicamentos”, assegurou Arce.