![](https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2022/02/Simone-tebet.jpg)
A senadora Simone Tebet, pré-candidata do MDB à Presidência da República, fez duras críticas à gestão de Jair Bolsonaro, apontando que, visando a reeleição, o atual inquilino do Palácio do Planalto tem recorrido a medidas eleitoreiras “que não têm planejamento de visão programática de país”.
“Não há governo pior do que este que aí está”, afirmou, durante entrevista ao jornal “Correio Braziliense”.
Ao comentar o cenário de descontrole econômico em que Bolsonaro mergulhou o país, a senadora avaliou que o “Orçamento precisa sobreviver a 2022”. “Este é um ano em que o presidente vai fazer de tudo e mais um pouco as políticas eleitoreiras para estar no segundo turno e ganhar as eleições. E ele vai fazer isso diante de um Congresso hoje complacente”, disse.
Indagada sobre a gestão de Bolsonaro na pandemia, Tebet cravou: “Houve uma omissão dolosa e criminosa do governo federal na compra e no atraso das vacinas, um governo negacionista e insensível, que não tem empatia, que não tem solidariedade. É um governo que, repito, não conhece os nossos problemas, as nossas mazelas, as nossas desigualdades. Estamos diante de um desgoverno que, além de não conseguir andar para frente, dar andamento naquilo que deu certo, tem a capacidade de cometer verdadeiros retrocessos, inclusive civilizatório, que é pior ainda, manchando a imagem do Brasil lá fora”.
O senadora criticou Bolsonaro afirmando que o Brasil está passando “por um governo irresponsável que não conhece as mazelas do Brasil, que não conhece de gestão, que extinguiu o Ministério do Planejamento, então não sabe aonde quer chegar”. “Não tem programa, não tem metas de resultado, não tem um plano nacional e nem regional de desenvolvimento e torra todo o Orçamento com projetos pontuais, eleitoreiros, para atender ao curral eleitoral de parlamentares”.
Simone Tebet defende a importância de uma representante feminina no comando do Executivo. “O Brasil que queremos e para quem queremos não pode ser respondido com um timbre exclusivamente masculino”, observou.
A senadora destacou que o maior desafio de seu governo, caso seja eleita, será combater a desigualdade social no Brasil.
“Quero mostrar que o Brasil é grande o suficiente para acolher todos os filhos, a família na inteireza. Isso significa garantir casa popular, teto para morar, para que a mãe, no fim do mês, não tenha que fazer a escolha entre colocar a comida na mesa e pagar aluguel. Significa dar assistência à criança e ao que o jovem realmente precisa”, apontou.
Advogada e professora, Simone Tebet fez sua estreia na política em 2002, quando foi eleita deputada estadual pelo então PMDB. Foi eleita senadora em 2014 e teve como principal auxiliar político o pai, Ramez Tebet, ex-governador do Mato Grosso do Sul. Em 2019, Tebet foi eleita a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, posto que exerceu até o fim de 2020. A atuação da senadora na CPI da Covid, em setembro de 2021, deu a ela projeção nacional.