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Ataques incendiários contra prédios públicos e veículos de prefeituras vêm sendo registrados em série desde segunda-feira (13) no Rio Grande do Norte. Segundo a Secretaria de Segurança Pública os ataques foram organizados por um grupo criminoso.
O governo federal colocou forças federais, como a Polícia Federal (PF) e Força Nacional, à disposição da Secretaria de Segurança do Rio Grande do Norte em resposta aos ataques criminosos.
“Atendendo à solicitação da Governadora Fátima, do Rio Grande do Norte, autorizei o envio da Força Nacional para colaborar com a ação das forças estaduais de segurança. Outras ações estão sendo providenciadas e posteriormente serão anunciadas”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
De acordo com o Ministério da Justiça, os agentes podem chegar ao RN ainda nesta terça. Serão enviados ao estado:
- 100 agentes da Força Nacional,
- 30 viaturas,
- 30 policiais penais
Além disso, será dado apoio operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas estradas do interior do RN.
As ocorrências começaram na madrugada de terça-feira (14). Ao todo, 19 cidades do estado registraram tiros e incêndios em prédios públicos, comércios e veículos. Segundo o governo do Estado, pelo menos nove suspeitos de envolvimento com os ataques foram presos.
Além da capital, Natal, foram alvo de ataques as cidades de Acari, Boa Saúde, Caicó, Campo Redondo, Cerro Corá, Jaçanã, Lagoa D’anta, Lajes Pintadas, Macau, Montanhas, Mossoró, Nísia Floresta, Parnamirim, Santo Antônio, Tibau do Sul , Touros, São Miguel do Gostoso.
Entre os alvos, estão um fórum de Justiça, duas bases da PM, uma prefeitura e um banco. Carros que estavam estacionados em ruas e em garagens públicas, além de uma loja de motos, também foram atingidos.
O governo ainda reconheceu que tinha sido alertado dos ataques no dia anterior.
“Tivemos informações, inclusive, do dia anterior, e ontem à tarde nós fizemos aqui uma reunião com todas as forças de segurança pública do estado. […] Nós fizemos ações com maior ostensividade com a Polícia Militar, inclusive, nas cidades do interior, nas delegacias de polícia e nos prédios públicos. A notícia que a gente tinha era também [da intenção de ataque] dos prédios públicos, de bens públicos”, afirmou o secretário de Segurança Francisco Canindé de Araújo Silva.
“Colocamos todo o sistema em atenção, com ações que começamos a empreender ontem à tarde para atenuar qualquer ação que tivesse”, apontou.
“Acreditamos que com ações policiais anteriores, há 15 dias, onde houve um enfrentamento da segurança pública em relação a infratores, onde foi apreendida grande quantidade de drogas e armas, isso inquietou a delinquência a enfrentar o sistema de segurança pública”,disse Aráujo.
Ações policiais que terminaram com mortes e apreensões no começo de março podem ter motivado a retaliação, segundo o secretário. Os números de mortos ou de quantidade de drogas apreendidas nessas ações não foram divulgados. “Isso inquietou a delinquência a querer enfrentar o sistema de segurança pública. Não iremos admitir, iremos enfrentar com todas as forças todos eles para dar tranquilidade à sociedade”, completou Araújo Silva.