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Em reunião no Palácio do Planalto com os ministros da Economia, Fernando Haddad, do Trabalho, Luiz Marinho, e Rui Costa, da Casa Civil, na última quinta-feira (2), o presidente Lula discutiu a edição de uma Medida Provisória (MP) para elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos.
A reunião também debateu o reajuste do salário, que passaria para R$ 1.320. Assim, a faixa de isenção do IR subiria para R$ 2.640. Sem reajuste desde 2015, atualmente são isentos quem ganha até R$ 1.903,98 mensais.
A ideia de Lula é anunciar a nova faixa de isenção e o aumento do mínimo no Dia do Trabalhador (1º de Maio), mesmo que não atendam completamente às reivindicações das centrais sindicais e demais representações dos trabalhadores, que brigam por isenção do imposto para quem ganha até R$ 5 mil, conforme promessa de campanha, e reajuste do salário para R$ 1.343.
A proposta, no entanto, é um passo no debate em torno da correção da tabela do Imposto de Renda, considerando que as declarações iniciais do governo apontavam para um reajuste na faixa salarial de isenção apenas a partir do ano que vem.
De acordo com a Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil (Unafisco), atualmente o imposto onera 18 milhões de brasileiros injustamente devido à defasagem da tabela. Conforme a entidade, corrigida a defasagem, ficariam isentos todos os trabalhadores com rendas tributáveis de até R$ 4.723,77.