A direção da Caixa Econômica Federal (CEF) colocou à venda 241.340.371 ações ordinárias que detinha da Petrobrás. “O preço por ação foi fixado em R$ 30,25, perfazendo o montante total de R$ 7,3 bilhões”, segundo comunicado da estatal na quarta-feira (26).
A decisão da CEF de vender as ações da Petrobrás atende às exigências do ministro da Economia, Paulo Guedes, pela devolução dos recursos injetados no banco público pelo Tesouro Nacional nos governos anteriores. Parte do recurso arrecadado com a venda das ações será usado para abater a dívida de R$ 40,2 bilhões que a Caixa tem com a União, por meio do chamado IHCD (Instrumento Híbrido de Capital e Dívida), sem prazo de pagamento.
Segundo declarou Guedes, em entrevista no início do mês, os recursos devolvidos pelos bancos públicos não voltam para o Tesouro. “Nossa responsabilidade é garantir que recursos devolvidos por bancos abatam a dívida pública”, disse. O que significa que os recursos públicos serão transferidos para bancos e demais rentistas, através do pagamento de juros.
As ações da Petrobrás que pertenciam ao patrimônio da Caixa foram distribuídas tanto no mercado brasileiro quanto no exterior, por meio dos American Depositary Receipts (ADRs), que são recibos de ações negociados na Bolsa de Nova York. Grande parte dos interessados na compra destes papéis da Petrobrás são “investidores” estrangeiros.
Os títulos vendidos são todos do tipo “ações ordinárias”, isso significa que quem os detiver, nesta quinta-feira (27), terá direito a voto no Conselho de Administração da Petrobrás.
Com a autorização dada ao governo Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inicio deste mês, que permitiu a venda de subsidiárias pertencentes a empresas públicas sem autorização do Congresso Nacional e sem licitação, a equipe econômica está avançando com seu feirão – que propõe a venda generalizada dos ativos da Petrobrás e de outras estatais – e assim enfraquecê-las – para privatizar as empresas mais adiante.
A Petrobrás detém hoje 36 subsidiárias. Após a decisão do Supremo, a direção da estatal tratou logo de sacramentar a venda do gasoduto TAG (Transportadora Associada de Gás) para a multinacional francesa Engie.
Devolução de empréstimos
No dia 12 deste mês, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou a devolução de R$ 3 bilhões ao Tesouro e prometeu mais R$ 17 bilhões até o final de 2019. Ele disse ainda que o montante pode ser maior com a abertura do capital do banco 100% estatal.
No início do ano, a Caixa vendeu sua participação no Instituto de Resseguros do Brasil (IRB Brasil) por R$ 2,5 bilhões, valor subavaliado, na opinião de alguns analistas.
O próximo passo do governo Bolsonaro será a venda de participações da Caixa na Alupar (empresa que atua nos segmentos de geração e transmissão de energia elétrica) e no Banco do Brasil, além da abertura de mais duas ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) de suas divisões de seguros e cartões.
Além dos R$ 40,2 bilhões da Caixa, a equipe econômica do governo quer obrigar o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (Basa), a anteciparem a devolução dos empréstimos obtidos junto ao Tesouro, através do IHCD, num total de 86,5 bilhões de reais.
ANTÔNIO ROSA
O Sr.Paulo Guedes é um abutre financeiro….ele visa apenas o setor financeiro onde seus comparsas atuam….o Governo Bolsonaro ignorante do assunto, ou, muito sábio,pois, será beneficiado tb….eles vão quebrar o país…. miséria desemprego será a certeza do futuro.
Incrível como uma pessoa que vive de dinheiro público, chegou onde chegou beneficiado pelo dinheiro público e hoje planeja jogar no lixo….e esse lixo tem nome “financeiras ligadas ao Paulo Guedes.