Ciro é o terceiro com 8%. Estagnação do chefe do Executivo veio depois de sequência de levantamentos, desde janeiro, em que o presidente da República registrava essa tendência
A terceira rodada de maio da pesquisa Ipespe, encomendada pela XP Investimentos, mostrou estabilidade no cenário da corrida presidencial. Tanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) mantiveram a pontuação do levantamento da semana passada.
O petista continua à frente da corrida ao Planalto, com 44%, seguido por Bolsonaro, com 32%.
Na sequência, Ciro Gomes (PDT), que manteve os mesmos 8% da última leitura, e João Doria (PSDB), que oscilou de 3% para 4%. André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB) mantiveram 2% cada, e os demais não pontuaram.
Indecisos, brancos e nulos somaram 8%, o menor percentual desde setembro do ano passado.
Dado que tem sido pouco comentado nessa corrida à Presidência da República é que há forte tendência de os votos brancos, nulos e abstenções caírem, em razão do que tem sido chamado de polarização entre os contendores que estão à frente nas pesquisas.
Historicamente, esse tipo de voto girou em torno de 21%. Apenas nas eleições de 1989, pela novidade, depois de 21 anos de ditadura militar, foi 12%. Cogita-se, assim, que no pleito de outubro de 2022, o índice de votos brancos, nulos e abstenções seja parecido com os de 1989.
TETO DE BOLSONARO
A estagnação de Bolsonaro veio depois de sequência de levantamentos, desde janeiro, em que o presidente da República registrava essa tendência. O atual chefe do Executivo pode, portanto, ter batido no teto dele.
Segundo pesquisas do Datafolha, o bolsonarismo raiz oscila entre 12 e 15% do eleitorado. O que aparece a mais, segundo pesquisa, é resultado do antipetismo ou antilulismo.
Assim, se esses dados estiverem corretos, é possível que Bolsonaro já tenha atingido o teto de intenções de voto.
2º TURNO E ESPONTÂNEA
No segundo turno, Bolsonaro e Lula oscilaram 1 ponto para menos, mantendo a diferença em 19 pontos em favor do petista, agora com o placar de 53% a 34%.
Na pesquisa espontânea, quando o eleitor responde os nomes que vêm à cabeça, sem que o entrevistador apresente opções, Lula e Bolsonaro mantiveram as pontuações da semana anterior: 39% e 29%, respectivamente.
Foram feitas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, entre os dias 16 e 18 de maio. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-08011/2022. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais.
M. V.