![](https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Relatorio-Iphan.jpg)
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entregou ao Ministério da Cultura (Minc), na tarde desta quinta-feira (12/1), relatório com um panorama dos dados causados a bens arquitetônicos protegidos pelo Instituto, nas sedes dos três Poderes e em seu entorno, em Brasília (DF), durante as ações de vandalismos praticadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro no domingo (8).
O documento, com fotos e descrições, servirá de base para nortear as próximas ações das instituições envolvidas, além da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O coordenador-técnico substituto do Iphan-DF, Maurício Goulart, explica que o relatório aponta para três tipos de ações de restauração dos bens. “As ações emergenciais são aquelas voltadas para o restabelecimento do funcionamento dos edifícios, como danos em pisos, paredes e vidraças quebradas, e já estão em andamento”.
Segundo ele, “de maneira geral, o relatório mostra que a maioria dos danos aos edifícios é reversível”. Já as ações de médio prazo são aquelas que dependem de mapeamentos de danos e projetos de restauração. As de longo prazo, por sua vez, são a execução das obras decorrentes dos projetos.
“De maneira geral, a maioria dos danos aos edifícios são reparáveis. Nessa 1ª leva, avaliamos piso, parede e teto, o que abrange vidros, portas, arrombamentos, pisos, forros. Coisas que, inclusive, já estão sendo reparadas”, disse o coordenador técnico.
No entanto, Goulart ressalva que só com o avanço dos trabalhos e com as análises a serem feitas por técnicos de cada área é que será possível afirmar em definitivo se os danos são ou não irreparáveis.
Dividido em quatros partes, o documento descreve na primeira delas, os principais danos aos bens e imóveis e aponta as medidas emergenciais, de médio e de longo prazo que podem ser tomadas com o objetivo de restaurar e devolver os bens a seu estado anterior.
Na sequência, são enumeradas possíveis fontes de recursos para apoio às ações de recuperação, que podem ser pleiteados à Unesco, por ser o Conjunto Urbanístico de Brasília inscrito na Lista do Patrimônio Mundial.
Já a terceira parte, apresenta um levantamento preliminar de corpo técnico do Instituto, que pode contribuir com etapas posteriores do processo de análise e restauro. Por último, apresenta os registros fotográficos das vistorias, com a descrição sintética dos danos encontrados.
A vistoria entregue à ministra da Cultura, Margareth Menezes, limita a 6 espaços que abrange “piso, parede e teto” do: Palácio Planalto; Congresso Nacional; STF (Supremo Tribunal Federal); Museu da Cidade; Espaço Lúcio Costa.
O Iphan ainda avaliará, em outra etapa, os bens móveis danificados ou destruídos pelos terroristas que, descontentes que não aceitam o resultado das eleições e vandalizaram prédios e áreas públicas dos Três Poderes, na tentativa de perpetrar um golpe contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Veja:
IphanDF_Vistoria_Bensculturais.pdf (www.gov.br)