
Em janeiro, queda foi de 0,1%, após cair 0,2% em novembro e 0,3% em dezembro, segundo IBGE
As vendas do comércio varejista em janeiro deste ano caíram -0,1% em relação a fevereiro, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (14). É a terceira taxa negativa consecutiva, após os recuos em novembro (-0,2%) e dezembro (-0,3%).
Além da queda das vendas do comércio em janeiro, a produção industrial brasileira ficou estagnada (0,0%) após três meses seguidos de queda, e o volume de serviços caiu -0,2%, após registrar zero em dezembro. Assim vai se confirmando o quadro de desaceleração da economia, manifestado no resultado do Produto Interno Bruto, que ficou praticamente estagnado no quarto trimestre (0,2%), e alertado pelo setor produtivo e economistas. Com os juros mais altos do mundo, baixo investimento e renda apertada, o país será levado à recessão.
Entre as 8 atividades analisadas pelo IBGE, 4 tiveram taxas negativas, com destaque para o setor de hiper e supermercados, que é o de maior peso no índice, segundo o IBGE, com queda de -0,4%, refletindo a redução no consumo das famílias, que vê sua renda diminuir com os preços dos alimentos subindo e as altas taxa de juros no crédito. Sem crédito e sem renda, caem as vendas de Tecidos, vestuário e calçados (-0,1%), Móveis e eletrodomésticos (-0,2%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-3,4%).
As variações positivas ficaram com: Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (5,3%), Combustíveis e lubrificantes (1,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%).
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 2,3% em janeiro. A média móvel foi de -0,2%.